Com apenas uma vitória nas últimas 12 rodadas, o Atlético luta para se recuperar no Campeonato Brasileiro. O time, que meses atrás chegou a sonhar com a briga pelo título, ocupa a modesta 12ª colocação, com 32 pontos - apenas seis à frente da zona de rebaixamento.
Os objetivos do Atlético na Série A mudaram. Da briga pela taça, o time passou a almejar o G4 e, depois, o G6, para conquistar vaga na próxima Copa Libertadores. A distância para o sexto colocado Internacional é de dez pontos, número bastante significativo com apenas 12 rodadas restantes.
Por isso, a meta agora é menos pretensiosa. Um dos líderes do elenco e em bom momento individual, o meia Luan admitiu a necessidade urgente de voltar a vencer e, aí sim, pensar em objetivos maiores. “Acho que a gente tem que traçar uma meta, sim. Terminar o Brasileiro bem. Acho que se a gente ganhar uns jogos aí, uns três, quatro, cinco jogos seguidos, a gente consegue colar no G6. E aí a gente traçar outras metas, quem sabe buscar uma pré-Libertadores novamente. Mas o momento é ganhar um jogo, depois pensar no outro”, disse.
Em outro momento da entrevista nesta sexta-feira, Luan falou em terminar a competição de forma digna. “Nessa reta final do Brasileiro, tenho que dar algo a mais para tirar o Atlético dessa situação. Não é uma posição legal para a gente, pelo elenco que a gente tem, os jogadores que a gente tem. Estamos devendo, sim. Agora, temos mais 12 jogos para a gente dar uma arrancada no Brasileiro e terminar a competição (de forma) digna”, completou.
O próximo jogo do Atlético é neste domingo, a partir das 16h, no Independência, contra o Santos. A partida vale pela 27ª rodada do Brasileirão.
Atraso de salários influencia?
A má fase em campo coincide com um momento de instabilidade financeira do clube. O diretor financeiro do Atlético, Paulo Braz, admitiu que o clube ainda não pagou salário e direito de imagem dos jogadores neste mês. O dirigente esclareceu que o vencimento dos demais funcionários está em dia.
Para Luan, as questões financeiras não influenciam diretamente o desempenho da equipe em campo. “Salário, creio eu, que está de quase todo mundo consolidado aqui. Isso não vai mudar nada dentro de campo, principalmente para mim. Isso aí é deixar para a diretoria, tem os seus motivos. Acho que nós, atletas, temos que focar dentro de campo, dar o seu melhor, ajudar o clube a alcançar os objetivos”, finalizou.