Foi da forma mais cruel possível. Aos 48 minutos do segundo tempo, quando tentava pressionar para conseguir a segunda vitória consecutiva no Campeonato Brasileiro, o Atlético levou a virada do Vasco. Foi o estopim da revolta dos pouco mais de 10 mil torcedores que foram ao Independência na noite desta quarta-feira e acompanharam o revés dos donos da casa por 2 a 1, em partida adiada da 21ª rodada.
Otero abriu o placar para o Atlético já no segundo tempo, aos 14’. Na saída de bola, o Vasco conseguiu empatar, com Rossi, que cobrou pênalti cometido por Patric em Marrony. E o lateral-direito, que vivia bom momento e parecia enfim ter conquistado a torcida, voltou a falhar no gol da virada. Já no finalzinho, ele não conseguiu cortar cruzamento. A bola, então, chegou a Marcos Júnior, que dominou, finalizou firme e venceu Cleiton.
Com o resultado, o Atlético ‘estacionou’ na 10ª posição, com 30 pontos - sete a menos que o Bahia, primeiro time do G6. Já o Vasco chega aos 27 pontos, na 13ª posição, e ganha fôlego na disputa contra o rebaixamento. A distância para o Cruzeiro, 17º colocado, é de oito pontos.
Com o resultado, o Atlético ‘estacionou’ na 10ª posição, com 30 pontos - sete a menos que o Bahia, primeiro time do G6. Já o Vasco chega aos 27 pontos, na 13ª posição, e ganha fôlego na disputa contra o rebaixamento.
As equipes voltam a campo no fim de semana, pela 23ª rodada da Série A. E terão ‘pedreiras’ pela frente. No sábado, às 17h, o Vasco recebe o terceiro colocado Santos, em São Januário. No domingo, às 16h, o Atlético visita o vice-líder Palmeiras, no Allianz Parque.
Equilíbrio e muitas finalizações, mas nada de gol
Não foi um início de jogo comum no Independência. Ao contrário do que costumeiramente se vê em partidas no estádio, o Atlético tinha dificuldades de criar chances, manter a posse de bola e pressionar a saída de bola no campo adversário. O Vasco conseguiu controlar o ímpeto dos donos da casa e até construir jogadas ofensivas.
Aos 30’ do primeiro tempo, o Atlético tinha posse de bola ligeiramente superior: 52% contra 48%. O Vasco, porém, finalizara mais: sete chutes, dois a mais que o adversário. Porém, das 12 conclusões, apenas duas foram em direção ao gol. E a falta de precisão era sintomática para um jogo que podia ser classificado como animado, mas não de grande qualidade técnica.
As principais oportunidades do Vasco se originaram de erros do Atlético. Cleiton, muito mal na saída de bola, e Iago Maidana - substituto de Réver, que não jogou por desconforto na panturrilha - contaram ora com a sorte, ora com a imprecisão vascaína. O garoto Talles Magno, de apenas 17 anos, dificultou a vida de Patric e Elias pela direita, mas o placar se manteve zerado.
Já o Atlético buscava o ataque pelas beiradas, mas tinha dificuldade para triangular. As melhores oportunidades surgiram de bolas paradas. Ainda no começo do jogo, Otero cobrou falta venenosa, e a bola parou no travessão. As cobranças de escanteio de Cazares também eram uma arma dos donos da casa, mas não surtiram o efeito desejado.
Enfim, os gols
Pouco mudou no cenário da partida no início da etapa complementar. O Vasco não sentia o peso de jogar no Independência e conseguia manter o equilíbrio das ações ofensivas. Tanto é que logo no começo, Marrony fez bonita tabela com Raul e exigiu boa defesa de Cleiton. O Atlético chegou com perigo em mais uma cobrança de falta de Otero.
Diante das adversidades e da dificuldade para chegar com precisão ao gol defendido por Fernando Miguel, o técnico Rodrigo Santana resolveu mexer no time. Cazares, principal homem de criação, foi substituído por Vinicius. A alteração dividiu torcedores entre vaias e aplausos para o meia equatoriano e para o treinador.
No lance seguinte, o gol atleticano. Após cobrança de escanteio de Vinicius aos 15’, Igor Rabello escorou de cabeça. A bola se ofereceu para Otero. O venezuelano, de peixinho, empurrou para as redes: 1 a 0. Após muita demora para a decisão do VAR, constatou-se que não houve impedimento, e o lance foi validado.
Aos 19’, a arbitragem de vídeo voltou a ser acionada. Patric tentou afastar a bola, levantou demais o pé e acertou Marrony na área. Pênalti marcado. Na cobrança, Rossi deslocou Cleiton e empatou: 1 a 1.
A igualdade no marcador fez Rodrigo Santana mandar o time para frente mais uma vez. O atacante Geuvânio entrou na vaga do meio-campista Elias - alteração que voltou a dividir a torcida entre aplausos e vaias. A insatisfação das arquibancadas foi sentida na pele por Patric. Autor do pênalti, o lateral-direito se tornou alvo de vaias.
Mas não dava mais tempo para muita coisa. O jogo perdeu velocidade, e as chances de gol - bastante frequentes ao longo da partida - minguaram. Quando o Vasco finalmente chegou ao ataque, já aos 48’, a virada se concretizou. Marcos Júnior apareceu por trás de Patric, dominou cruzamento e bateu firme para dar números finais ao duelo: 2 a 1 e muitas vaias para os jogadores do Atlético.
ATLÉTICO 1 X 2 VASCO
Atlético
Cleiton; Patric, Iago Maidana, Igor Rabello e Fábio Santos; Nathan e Elias (Geuvânio, aos 32’ do 2ºT); Luan (Ricardo Oliveira, aos 42’ do 2ºT), Cazares (Vinicius, aos 12’ do 2ºT) e Otero; Franco Di Santo
Técnico: Rodrigo Santana
Vasco
Fernando Miguel; Yago Pikachu, Henríquez, Leandro Castán e Henrique; Richard, Raul e Andrey (Marcos Júnior, no intervalo); Marrony, Ribamar (Rossi, aos 11’ do 2ºT) e Talles Magno (Gabriel Pec, aos 26’ do 2ºT)
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Gols: Otero, aos 14’ do 2ºT (ATL); Rossi, aos 21’, e Marcos Júnior, aos 48’ do 2ºT (VAS)
Cartões amarelos: Cazares, aos 38’ do 1ºT, Nathan, aos 7’, e Patric, aos 20’ do 2ºT (ATL); Andrey, aos 4’ do 1ºT, e Raul, aos 30’ do 2ºT (VAS)
Motivo: 21ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Independência, em Belo Horizonte
Público: 10.485
Renda: R$ 86.502,00
Data e horário: quarta-feira, 2 de outubro de 2019, às 19h15
Árbitro: Héber Roberto Lopes (SC)
Assistentes: Éder Alexandre (SC) e Johnny Barros de Oliveira (SC)
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