“Vi um grupo ontem (quinta-feira, dia do jogo) muito dolorido, muito triste. Já vivi situações que nem sempre a tristeza nossa, do torcedor, é do grupo de atletas. Graças a Deus, tive a sorte de sempre trabalhar com grupos muito comprometidos, mas sei que no futebol nem sempre o que é a nossa dor, é a dor do atleta. Ontem, uma das palavras que mais se falou foi exatamente isso, o que mais se destacou foi que a dor de todos nós é a mesma”, disse.
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“Eu queria muito jogar essa final. Todos os atletas queriam muito, trabalharam muito para isso. Já tive várias eliminações na carreira, e sofri. Essa daqui vai arder bastante por causa do grupo, que merecia disputar uma final”, desabafou Elias após a partida.
De acordo com Rui Costa, a reação dos jogadores à eliminação o faz acreditar numa reviravolta na temporada. “O que me autoriza a dizer ao torcedor que nós temos condições de retomar um caminho no Campeonato Brasileiro é o que vocês não veem, é o que o torcedor não vê, é o convívio diário que eu tenho com esses problemas, são as mensagens que eu recebi ontem de atletas dizendo ‘Rui, nós vamos superar. Não é possível, nós não aguentamos mais isso’, por uma iniciativa dos atletas”, disse.
Reunião
Logo após a eliminação, a alta cúpula atleticana tentou juntar os cacos e pensar no futuro do clube. Em 2019, a única competição em disputa é o Campeonato Brasileiro. Com 27 pontos, o time alvinegro ocupa a 10ª colocação. O objetivo é conseguir uma vaga na próxima Copa Libertadores.
Para isso, é preciso terminar a competição no G6. O sexto colocado é o São Paulo, com 35 pontos e um jogo a mais que o Atlético.
“É ver a frustração e a tristeza da comissão técnica, é ter o presidente e o vice-presidente do clube durante 2h40, nós saímos quase às 2h da manhã do estádio pra fazer uma reunião de trabalho imediatamente após a nossa frustração. Então isso é um indicativo de que nós estamos cientes que precisamos melhorar”, relatou Rui Costa.