Passada a decepção pela derrota para o Colón por 2 a 1, no jogo de dia das semifinais da Copa Sul-Americana, o Atlético busca a recuperação no Campeonato Brasileiro. Os cinco resultados negativos consecutivos no Nacional distanciaram a equipe dos líderes e aumenta a pressão sobre os jogadores e toda a comissão técnica. Por esse motivo, a necessidade de reação é imediata. O time alvinegro tentará diante do Avaí, amanhã, às 20h, na Ressacada, evitar um recorde negativo que poderia manchar o histórico recente: jamais o Galo perdeu seis partidas seguidas pela competição nacional na era dos pontos corridos.
Além da série ruim sob o comando de Rodrigo Santana, as piores sequências de derrotas alvinegras nesse formato de Brasileiro ocorreram nas temporadas de 2009 – quando a equipe desperdiçou a chance de vencer o Brasileiro ao perder as últimas cinco partidas – e em 2011, ano em que se salvou do rebaixamento nas últimas rodadas. As campanhas ruins na atual temporada e nas temporadas anteriores têm como ponto comum o fato de a equipe sempre ser prejudicada pela irregularidade depois de ficar próxima dos líderes da competição.
O Galo teve outras séries ruins de quatro derrotas por duas vezes em 2005, ano do rebaixamento à Série B do Brasileiro, e outras duas em 2010, numa temporada em que a equipe terminou em 14º lugar.
Se antes a fase ruim era restrita ao Brasileiro, agora atinge e ameaça também o futuro da equipe na Copa Sul-Americana. Para chegar à decisão da competição internacional, o Galo será obrigado a vencer o Colón, quinta-feira, no Mineirão, por 1 a 0 ou por dois ou mais gols de vantagem. Por causa da fase negativa, o clube optou por blindar os atletas no fim de semana. Não haverá acesso da imprensa à Cidade do Galo nos treinos que antecedem a partida contra o Avaí.
O discurso dos atletas é de que o Galo não pode mais tropeçar na Série A do Brasileiro. “Sabemos que antes do jogo contra o Colón tem o Avaí pelo Brasileiro, em que estamos em uma situação difícil e complicada, mas tenho certeza que a equipe que for jogar em Florianópolis tem condições de conseguir o resultado positivo que precisamos”, avalia o armador Vinícius, um dos titulares que teve maior queda de rendimento na era recente de derrotas.
Nesse momento de dificuldade, o lateral-direito Patric afirma que o grupo precisa de coragem para deixar de lado a fase de instabilidade: “Nesse momento tem que ser forte, guerreiro, levantar a cabeça, trabalhar e chamar a responsabilidade. Agora, vem a cobrança interna mais forte. Temos de nos cobrar para que os resultado voltem a aparecer. Que a gente possa frisar e focar no nosso objetivo coletivo”.
PIORES SEQUÊNCIAS
5 DERROTAS
2009 (entre a 34ª e a 38ª vitória)
1 x 3 Flamengo (c)
1 x 2 Coritiba (f)
0 x 1 Internacional (c)
1 x 3 Palmeiras (f)
0 x 3 Corinthians (c)
2011 (entre a 15ª e a 19ª rodada)
1 x 2 Figueirense (c)
0 x 3 Coritiba (f)
2 x 3 Corinthians (c)
1 x 3 Botafogo (f)
1 x 2 Cruzeiro (c)
2019 (entre a 15ª e a 19ª rodada)
0 x 1 Athletico (f)
0 x 1 Bahia (c)
0 x 1 Corinthians (f)
1 x 2 Botafogo (f)
1 x 3 Internacional (c)
4 DERROTAS
2005
1ª sequência (entre a 3ª e a 6ª rodada)
0 x 1 Brasiliense (c)
1 x 2 Botafogo (f)
0 x 3 Santos (f)
0 x 1 Corinthians (c)
2ª sequência (entre a 32ª e a 35ª rodada)
0 x 1 Cruzeiro (c)
0 x 2 Athletico (f)
2 x 3 Fortaleza (c)
1 x 3 Palmeiras (c)
2010
1ª sequência (entre a 4ª e a 7ª rodada)
3 x 4 Vitória (f)
1 x 3 Fluminense (c)
1 x 2 Grêmio (f)
0 x 1 Ceará (c)
2ª sequência (entre a 22ª e a 25ª rodada)
1 x 2 Athletico (f)
2 x 3 Vitória (c)
1 x 5 Fluminense (f)
1 x 2 Grêmio (c)
ATLÉTICO
Galo tenta vencer Avaí para não ter sua pior série de derrotas na era dos pontos corridos
Em queda livre na classificação, time vem de cinco resultado negativos nos últimos jogos
postado em 22/09/2019 06:30 / atualizado em 21/09/2019 20:08
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