Cazares teve papel importante na última vitória do Atlético no Brasileiro, sobre o Fluminense, por 2 a 1, pela 14ª rodada, no Independência. Ele marcou o primeiro gol, em chute rasteiro de dentro da grande área, após passe do lateral-direito Patric. Na competição, balançou as redes quatro vezes em 10 jogos. Na opinião do técnico Rodrigo Santana, quando a equipe não consegue as vitórias, as cobranças vêm fortes em cima do armador em função da responsabilidade que ele carrega por ser o camisa 10.
“O Cazares, por todos conhecerem o potencial dele, espera-se muito. E geralmente, quando o resultado não vem, o foco vira muito em cima do Cazares. Só que é um jogador que participa muito. Contra o Corinthians, ele finalizou cinco vezes. Então, é um cara que participa, mas quando o resultado não vem, fica muito sobrecarregado por ele ser o 10”.
Na temporada, Cazares é o terceiro do ranking de artilheiros, com nove gols – abaixo de Alerrandro, 13, e Ricardo Oliveira, 14. Já em assistências, só perde para Luan: 8 a 7. Desde que Rodrigo Santana atribuiu a Vinícius a missão de ser o armador, o equatoriano passou a atuar aberto pelo lado esquerdo. Frequentemente, ele inverte o posicionamento com o colombiano Chará. Essa função, de acordo com o treinador, fez Cazares se tornar um atleta mais completo. Além de incomodar os adversários com dribles e preparar jogadas, colabora também na marcação.
“Tem uma pressão muito grande, mas está sendo um dos artilheiros da equipe. E, disparadamente, é o jogador que mais participa em assistências e finalizações. Tem toda essa cobrança porque é o camisa 10, um cara de muita técnica. Não vejo ninguém no elenco com a mesma técnica e as mesmas características. É um cara que, do meio para frente, contribui muito. E sem a bola tem muitas funções agora. Está com muito compromisso sem a bola, e isso facilita a manutenção dele por mais minutos em campo”, disse Santana.
Contratado pelo Atlético no início de 2016, Juan Cazares, de 27 anos, é o estrangeiro que mais vestiu a camisa alvinegra, com 186 partidas, e o segundo com mais gols: 39 - o argentino Lucas Pratto é o primeiro, com 42 em 107 jogos. Diante do Botafogo, rival de domingo, o retrospecto do equatoriano é positivo: cinco gols em oito partidas (quatro vitórias, dois empates e duas derrotas).
Time
No treinamento de sexta, fechado para a imprensa, Rodrigo Santana poupou Ricardo Oliveira, que se queixou de torcicolo, e Fábio Santos, com amigdalite. Os dois, no entanto, estarão à disposição para enfrentar o Botafogo. A partida no Rio marcará ainda a estreia do goleiro Wilson, contratado por empréstimo ao Coritiba para suprir as ausências de Victor, com tendinite no joelho esquerdo, e Cleiton, convocado para a Seleção Brasileira Olímpica. A provável escalação terá Wilson; Patric, Igor Rabello, Réver e Fábio Santos; Jair e Elias; Chará, Vinícius e Cazares; Ricardo Oliveira.
O Atlético conhece bem o Botafogo em virtude dos duelos pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Foram duas vitórias: 1 a 0, no Nilton Santos, e 2 a 0, no Independência. Justamente em função desses encontros, Rodrigo Santana acredita que o adversário terá mais elementos para preparar uma estratégia que segure sua equipe.
“O time deles também precisa somar, pois está jogando dentro de casa. É um jogo difícil, então a gente sabe que, cada vez mais que nos encontramos, mais difícil vai ficando. Creio que o Botafogo estará muito preparado para fazer bom jogo e buscar a vitória. E nós, pela necessidade de voltar a reagir no Brasileiro, temos de estar atentos a isso”.
.