O Atlético começou bem o Campeonato Brasileiro. Três vitórias nas três primeiras rodadas, altos e baixos na sequência, e novamente série invicta, de seis partidas. Até a 14ª rodada, o time contabilizava oito triunfos, três empates e três reveses, ocupando a quarta colocação, com 27 pontos (64,28% de aproveitamento). A campanha parecia inquestionável. Só que as derrotas consecutivas por 1 a 0, para Athletico-PR, Bahia e Corinthians, fizeram o Galo sair do pelotão de classificação à Copa Libertadores de 2020. Os tropeços recentes deixam a equipe sob pressão para o jogo contra o Botafogo, às 16h deste domingo, no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro? Para o técnico Rodrigo Santana, não há o que temer, pois, segundo ele, o time mostrou bom futebol mesmo com placares adversos.

“A gente vinha de oito jogos sem perder e de quatro jogos sem tomar gol. A gente entrou num momento importante na Sul-Americana. Nos últimos sete jogos, a gente vem de quatro vitórias e três derrotas. E intercalando vitória, derrota, vitória, derrota. Só que muita gente fica: ‘olha, três derrotas, três derrotas’. Sendo que a gente foi com time misto para jogar em Curitiba contra o Athletico-PR, uma grande equipe. Jogamos aqui com equipe alternativa e acredito que fomos superiores ao Bahia, mas infelizmente não conseguimos fazer o gol. Um jogo em que fomos muito iguais ao Corinthians, na casa deles, infelizmente no finalzinho acabamos cedendo e tomando o gol”, analisou o treinador.

“Se a gente estivesse mal, não estivesse criando, estaria muito preocupado. Temos que manter a convicção que, dentro dessas três derrotas, tivemos uma classificação com dois jogos difíceis contra La Equidad (na Copa Sul-Americana). Precisamos de tranquilidade para seguir trabalhando, pois não serão fáceis os jogos contra Botafogo e Inter. Precisamos ter muita consciência de que o trabalho está sendo feito e os resultados vão voltar a chegar no Brasileirão. Não estamos abrindo mão do Brasileirão. Queremos somar pontos no Rio de Janeiro para voltar fortes e receber o Internacional”, acrescentou.

Santana destacou o incômodo demonstrado pelos atletas em função das derrotas. Ao mesmo tempo, ele valorizou as atuações dos goleiros rivais no Brasileiro. “É a convicção que a gente tem. Embora a gente perca, sentimos muito a derrota. Isso que nos dá força para trabalhar. Não é um grupo que, quando perde, está tranquilo, dando risada. A gente sente. Mesmo produzindo e às vezes criando mais que o adversário, a gente vem de três derrotas nos três últimos jogos (no Brasileiro). Praticamente demos o prêmio de melhor em campo ao goleiro adversário. A equipe está chegando e produzindo”.

O técnico lembrou o bom começo do Atlético no Brasileiro e considerou natural a queda de rendimento, sobretudo por o time dividir as atenções com a Copa Sul-Americana, da qual é semifinalista e enfrentará o Colón, da Argentina. Mesmo assim, a missão é voltar a pontuar na elite nacional. “Iniciamos a competição vencendo três jogos e ficamos por 14 rodadas no grupo da Libertadores. Chega um momento em que, às vezes, a bola não está entrando. Precisamos ter tranquilidade para voltar a ganhar confiança e somar pontos fora de casa também”, encerrou Rodrigo Santana.

Contra o Botafogo, o goleiro Wilson, contratado por empréstimo ao Coritiba, estreará pelo Atlético. Ele chegou ao grupo para suprir as ausências de  de Victor, com tendinite no joelho esquerdo, e Cleiton, convocado para a Seleção Brasileira Sub-23. Poupados do treino nessa sexta-feira, o lateral-esquerdo Fábio Santos e o atacante Ricardo Oliveira também devem atuar. A provável escalação terá Wilson; Patric, Igor Rabello, Réver e Fábio Santos; Jair e Elias; Chará, Vinícius e Cazares; Ricardo Oliveira. O Galo já tem bom conhecimento de seu rival, já que ganhou os dois duelos nas oitavas de final da Sul-Americana: 1 a 0, no Nilton Santos, e 2 a 0, no Independência.