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Apresentado, Wilson pensa em título no Atlético e se dispõe a bater faltas e pênaltis

Goleiro já deve estrear pelo clube alvinegro neste domingo, contra o Botafogo

Redação
Wilson foi apresentado como novo goleiro do Atlético nesta quarta-feira - Foto: Bruno Cantini/Atlético
Aos 35 anos, Wilson sabe que pode estar diante da maior oportunidade da carreira. O experiente goleiro deixou o Coritiba, clube do qual é ídolo, para um período curto de empréstimo ao Atlético. E sabe: precisará provar até o final de 2019 que merece continuar na Cidade do Galo. Para isso, dispõe-se até mesmo a cobrar faltas e pênaltis - característica que apresentou ao futebol brasileiro em equipes que defendeu anteriormente.

Sempre tive essa qualidade de trabalhar bem com os pés, desde a época do futsal, que foi onde comecei, bater bem na bola. Estou à disposição também nessa situação. É trabalhar, continuar trabalhando. Sei que aqui também tem vários grandes cobradores, mas se tiver oportunidade, também estou pronto para ajudar nesse quesito”, disse, durante a coletiva de apresentação no CT alvinegro, na tarde desta quarta-feira.

Até 2009, a qualidade nos pés ficava restrita a jogadas de saída de bola. Foi quando, diante de erros sucessivos de companheiros, Wilson assumiu as cobranças de pênalti do Figueirense.
Naquela temporada, saiu o primeiro gol, na vitória por 3 a 1 sobre o Vila Nova-GO. No total, são 13: 11 de pênalti, um de falta e um de cabeça.

“Eu vinha treinando, e o treinador na época, o Roberto Fernandes, me deu a primeira oportunidade. Foi quando fiz meu primeiro gol de pênalti. Lá também fiz um gol de falta, porque ele também me deu essa oportunidade. No Coritiba, a mesma coisa. Em alguns momentos, a gente perdendo pênalti, aquela pressão, e, depois desses pênaltis perdidos, quando comecei a bater felizmente pude converter a maioria. Tive um pênalti perdido apenas no Coritiba, passei a ser o batedor oficial”, conta o novo camisa 84 alvinegro.

Mas Wilson sabe que a principal função não é ajudar a equipe ofensivamente, mas defensivamente. Sem o titular Victor (que se recupera de tendinite no joelho esquerdo), Cleiton assumiu a posição. O jovem de 22 anos, porém, está com a Seleção Brasileira Olímpica e, no entendimento da diretoria do Atlético, será desfalque constante por conta das convocações.

“Primeiro, vamos cuidar da nossa posição, se preocupar primeiro como goleiro, fazer o que é o principal na nossa posição, que é ajudar ali atrás, defender bem. Essas coisas de bater pênalti e falta, com o tempo a gente vai conversando. Mas sempre trabalhando, como sempre faço no dia a dia. Trabalhando forte. No que for preciso, estou pronto para ajudar”, continuou Wilson.

Concorrência


Dificilmente Wilson terá oportunidades de jogar em sequência no Atlético.
A expectativa é que Victor não demore a se recuperar. Já Cleiton tende a reassumir a condição de titular quando retornar da Seleção Olímpica. E o novo goleiro alvinegro se mostrou sereno quanto à concorrência.

“O Victor é uma referência não só para o torcedor, mas para todos nós da posição. É uma referência para todo goleiro, um cara que tem uma história fantástica aqui. Infelizmente, está passando por um momento de lesão. O Cleiton é mais um grande goleiro, que a gente vê despontando. Tem muita qualidade, venho acompanhando. Não é à toa que está numa Seleção Olímpica. Os outros (Uilson e Michael, que só voltam a atuar em 2020) também são grandes goleiros, mas infelizmente estão passando por um momento de lesão. Sou mais um para chegar nessa engrenagem, para ajudar.
Quem estiver à disposição com certeza vai fazer o seu melhor”, disse.

A primeira oportunidade de Wilson se provar deverá ser já neste domingo, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. O Atlético visita o Botafogo, em jogo marcado para 16h, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Título à vista?


Outro fator que pesou para que Wilson deixasse o Coritiba e se transferisse para o Atlético foi a possibilidade de conquistar a Copa Sul-Americana. O time alvinegro enfrentará o Colón-ARG na semifinal. O goleiro deverá ser inscrito na competição continental.

“É mais um fator determinante para essa escolha. É uma oportunidade muito boa. Espero que a gente consiga. Se eu tiver essa oportunidade de estar junto no grupo da Sul-Americana, participar, contribuir da melhor maneira, para a gente conquistar esse título tão importante para a gente”, finalizou.

Leia, na íntegra, a entrevista coletiva de Wilson


Por que deixar o Coritiba e se transferir para o Atlético?

Devido ao momento que eu passava no clube. Recebi essa proposta do Atlético. Nessa longa caminhada no Coritiba, deixei passar muitas oportunidades para sair, propostas para o exterior, propostas de times da Série A recentemente. A do Atlético mexeu comigo neste momento. O Coritiba passa por um bom momento na Série B. Eu não estava atuando, por estar vindo de uma lesão. Entendi como uma boa oportunidade para mim, assim como o Coritiba, que não passa por um momento financeiro muito bom. Pesou a grandeza do Atlético, que é um grande clube, assim como o Coritiba, um clube no qual fui muito feliz, com uma grande torcida, apaixonada. Pude ver isso várias vezes jogando aqui no Independência. A torcida do Galo é complicado jogar contra. Agora, estou muito feliz por poder ter essa torcida a meu favor, independentemente de tempo de contrato, se vou estar aqui quatro meses ou quatro anos. Isso pouco importa. O que importa é que a cada dia vou fazer o meu melhor para ter o reconhecimento aqui, assim como tive nos outros clubes pelos quais passei.

Qual a sensação de deixar a reserva de um time da Série B e assumir a titularidade na Série A?

Essa é a nossa vida. A gente tem que estar sempre preparado. Não estava atuando por estar vindo de uma lesão. Momentaneamente, estava na reserva. É coisa que faz parte. O treinador me passou toda a situação, que momentaneamente ia manter o Muralha, que vinha fazendo um bom campeonato e que eu ia esperar a próxima oportunidade para voltar à equipe. Mas sempre trabalhando firme e forte, pronto. Estou à disposição do treinador para se tiver que atuar no fim de semana, já com uma experiência, uma longa bagagem de Série A. Isso não vai ser problema nenhum. Se tiver que atuar domingo, estou à disposição para ajudar a todos.

Recepção do elenco

Não tenho nem o que falar. Todos já sabem da estrutura que este clube tem, um grupo maravilhoso, jogadores renomados, consagrados, de caráter. É um grupo que tenho certeza que é muito unido, que trabalha forte. Sou mais um para ajudar nessa engrenagem e manter esse bom ambiente, manter o bom trabalho para a gente alcançar nossos objetivos no final do ano.

Concorrência com Victor e Cleiton

O Victor é uma referência não só para o torcedor, mas para todos nós da posição. É uma referência para todo goleiro, um cara que tem uma história fantástica aqui. Infelizmente, está passando por um momento de lesão. O Cleiton é mais um grande goleiro, que a gente vê despontando. Tem muita qualidade, venho acompanhando. Não é à toa que está numa Seleção Olímpica. Os outros também são grandes goleiros, mas infelizmente estão passando por um momento de lesão. Sou mais um para chegar nessa engrenagem, para ajudar. Quem estiver à disposição com certeza vai fazer o seu melhor. Estou vindo aqui para ajudar o Victor. O Victor vai me ajudar. O Cleiton vai me ajudar, e vou ajudá-lo. Juntos, a gente vai crescendo, e quem estiver apto e for escolhido para jogar com certeza vai fazer o seu melhor pelo clube. Isso é o mais importante.

Cobranças de falta e pênaltis

Quanto aos pênaltis, é uma coisa que vem de um tempo. Sempre tive essa qualidade de trabalhar bem com os pés, desde a época do futsal, que foi onde comecei, bater bem na bola. Comecei a bater pênalti no Figueirense, quando a gente, em certo momento em 2009, passou por um período de muitos pênaltis perdidos. Eu vinha treinando, e o treinador na época, o Roberto Fernandes, me deu a primeira oportunidade. Foi quando fiz meu primeiro gol de pênalti. Lá também fiz um gol de falta, porque ele também me deu essa oportunidade. No Coritiba, a mesma coisa. Em alguns momentos, a gente perdendo pênalti, aquela pressão, e, depois desses pênaltis perdidos, quando comecei a bater felizmente pude converter a maioria. Tive um pênalti perdido apenas no Coritiba, passei a ser o batedor oficial. Estou à disposição também nessa situação. É trabalhar, continuar trabalhando. Sei que aqui também tem vários grandes cobradores, mas se tiver oportunidade, também estou pronto para ajudar nesse quesito.

Peso de substituir Victor

Substituir um ídolo, todos sabem, é uma responsabilidade muito grande. A gente vê isso em todo lugar, em outros clubes também. Estou pronto para esta oportunidade, se eu tiver a oportunidade. Sou mais um junto com os outros goleiros para dar sequência ao trabalho e fazer o meu melhor junto com todos eles, estando o Victor ou não, o Cleiton, o Wilson. Quem estiver pronto ali com certeza vai dar o seu melhor para todos crescermos juntos.

Concorrência no gol do Atlético

Um vai ajudar o outro, nós vamos crescer juntos independentemente de quem estiver jogando. Eu, com uma experiência maior que algum desses meninos, com certeza posso ajudar bastante também fora de campo, dando orientação, uma palavra para ajudar no dia a dia, para ajudar no crescimento. Eu vou aprender também. A gente aprende a cada dia, aprende com os mais velhos e os mais jovens. É um ajudando o outro, todo mundo pronto para a gente juntos fazer o melhor para o Galo, que é o mais importante.

Números na carreira

Para vir para o Atlético, tem que ter uma certa bagagem, uma experiência, qualidade também. Não é qualquer um que vem para um clube do tamanho do Galo. Então, são números que me credenciam a estar aqui hoje. Fico feliz pela confiança. Agradeço a confiança da comissão (técnica), da diretoria. Como falei, espero, no tempo em que eu estiver aqui, fazer o meu melhor no dia a dia, assim como fiz nos outros clubes, com muito profissionalismo e muita dedicação para ter o reconhecimento do torcedor do Atlético, assim como foi nos outros clubes pelos quais passei.

Está à disposição para bater faltas e pênaltis?

Estou pronto para ajudar. Primeiro, vamos cuidar da nossa posição, se preocupar primeiro como goleiro, fazer o que é o principal na nossa posição, que é ajudar ali atrás, defender bem. Essas coisas de bater pênalti e falta, com o tempo a gente vai conversando. Mas sempre trabalhando, como sempre faço no dia a dia. Trabalhando forte. No que for preciso, estou pronto para ajudar. Espero já, se tiver oportunidade no final de semana, ajudar com uma boa partida para a gente voltar a vencer no Campeonato Brasileiro.

Negociação com o Atlético

Foi uma negociação não tão rápida assim, até por tudo o que represento hoje no Coritiba, por toda minha história no Coritiba. Não foi fácil. Mas teve um desfecho bacana, acredito, para todas as partes. Hoje, estou aqui pronto. A princípio são quatro meses. Independentemente do tempo que eu estiver aqui, vou fazer o meu melhor. Lá na frente, no final do contrato, a gente vê o que vai acontecer. Mas tenho que fazer o meu melhor aqui no dia a dia no tempo que eu estiver aqui no clube.

Possibilidade de ganhar título

É mais um fator determinante para essa escolha. É uma oportunidade muito boa. Espero que a gente consiga. Se eu tiver essa oportunidade de estar junto no grupo da Sul-Americana, participar, contribuir da melhor maneira, para a gente conquistar esse título tão importante para a gente.
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