O Atlético cumpriu mais uma etapa do licenciamento ambiental para construção de seu estádio. O processo administrativo de compensação ambiental da Arena MRV foi aprovado por unanimidade na manhã desta quarta-feira (28/8), em reunião ordinária da Câmara de Proteção à Biodiversidade e de Áreas Protegidas (CPB), do Conselho Estadual de Politica Ambiental (Copam).
A reunião foi realizada na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Semad. Esse foi o penúltimo passo para que a Arena MRV obtenha o Documento Autorizativo de Intervenção Ambiental (Daia), no Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Na próxima quarta-feira (4/9), a Unidade Regional Colegiada, do Copam, avaliará as intervenções em Áreas de Preservação Permanente (APP's), na última etapa para a obtenção do Daia, que é uma das condicionantes para a obtenção da Licença de Instalação (LI).
A proposta de compensação ambiental consiste na regularização fundiária em área de conservação correspondente a mais que o dobro da vegetação nativa (Mata Atlântica) a ser suprimida.
O terreno definido para essa contrapartida fica no Parque Nacional da Serra da Gandarela, no município de Rio Acima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A área será destinada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia de regime especial, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, e que integra o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).
A Arena MRV
Segundo o Atlético, a capacidade do estádio será de 47 mil torcedores. Para viabilizar o projeto, o Conselho Deliberativo aprovou a venda de 50,1% do Diamond Mall, shopping localizado na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A obra foi orçada em R$ 410 milhões, sem contar o valor do terreno (R$ 50 milhões), fruto de doação da MRV Engenharia.
A venda de parte do Diamond para a Multiplan, administradora de shoppings centers, renderá R$ 250 milhões ao clube, que investirá o valor na obra. Os outros R$ 160 milhões serão conseguidos por meio de naming rights (R$ 60 milhões da MRV Engenharia) e venda de cadeiras cativas (R$ 100 milhões, com 60% já garantidos pelo Banco BMG).