Feliz por estar de volta, Nathan não quer nem saber em que posição jogará. Primeiro volante, segundo volante, meia, ponta? Tanto faz. O importante é estar em campo. E o polivalente jogador é uma das cartas na manga do técnico Rodrigo Santana, que, no clássico, resolveu escalá-lo de armador - função que ele não exercia há alguns meses.
A escolha de Rodrigo Santana surpreendeu o próprio Nathan. “A maioria dos jogos com o Rodrigo (Santana) entrei de segundo volante ou até mesmo de primeiro volante. No clássico, ele me colocou de meia. Eu não entendi muito (risos), mas falei: ‘Vamos embora’. Fazia algum tempo que eu não jogava de meia”, brincou, em entrevista na tarde desta quarta-feira, na Cidade do Galo.
E deu certo. Foi como meia que Nathan infiltrou na área celeste e aproveitou desvio de Robinho após cruzamento de Patric para cabecear para as redes defendidas por Fábio. “Ele (Rodrigo Santana) falou para mim: ‘Entra no lugar do Vinicius, faz a meia ali, ajuda na marcação dos dois volantes e, quando tiver a bola, velocidade para atacar’. Quando vi espaço, pensei: ‘Tem que ser agora’. O Patric conseguiu cruzar e eu fui feliz que a bola sobrou, e consegui fazer o gol”, disse.
Polivalência
Desde o início da carreira, Nathan tem como característica a possibilidade de atuar em diferentes posições. Revelado nas categorias de base do Athletico-PR, ele se transferiu logo cedo para o futebol inglês. Antes de reforçar o Atlético, atuou ainda na Holanda e em Portugal.
“Fui para o Chelsea de meia. Lá, acabei atuando em outras posições. Quando fui para a Holanda, cheguei de ponta. Quando deu uns dois ou três jogos, me empurraram para o meio de novo. Joguei de centroavante também, mas de centroavante não gosto muito não. Quando vim para cá, o Levir (Culpi) muitas vezes me pedia para fazer outras posições também. E eu fazia. É tranquilo para mim”, disse.
Até de lateral?
A polivalência de Nathan, porém, tem limites. Aos risos, ele lembrou um treino em que atuou como lateral. “Esses dias, até brinquei com o Rodrigo. No treinamento, ele me colocou de lateral para ficar cruzando. Falei: ‘Caramba, de lateral é osso, hein?’ (risos). O cara cruza umas três, quatro bolas e na outra o cara taca a bola lá do outro lado, porque a perna começa a pesar. Eu nunca tinha nem treinado de lateral, e ele me colocou de lateral. Eu falei: ‘Lateral não dá não, velho (risos)’. Mas ali do meio para frente eu me sinto à vontade de jogar em qualquer uma. Só de centroavante eu acho que não”, concluiu.
.