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Santana explica estratégia do Atlético de 'dar a bola' ao Cruzeiro e diz que placar poderia ter sido 'mais largo'

Time alvinegro venceu clássico por 2 a 0 no Independência, neste domingo

postado em 04/08/2019 22:19 / atualizado em 04/08/2019 23:44

<i>(Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)</i>
Mesmo na condição de mandante, o Atlético não se importou com a natural pressão de propor o jogo diante da torcida no Independência. A equipe alvinegra entregou a bola para o Cruzeiro, que terminou a partida com 62% de posse. E a estratégia do técnico Rodrigo Santana funcionou. No fim das contas, vitória por 2 a 0, em duelo da 13ª rodada do Campeonato Brasileiro.


Após a vitória, Santana admitiu que a postura mais recuada do Atlético foi um pedido da comissão técnica. Mesmo com menos posse de bola, o time alvinegro finalizou mais (15 contra 13) e criou as melhores oportunidades.

“A gente tinha duas formas (possíveis) de marcar o adversário. Mas sabendo que a equipe adversária é muito forte na transição ofensiva, é um time que marca com as linhas baixas e é muito forte no contragolpe, a gente segurou um pouquinho mais atrás, deixou eles proporem jogo para ficarem um pouquinho mais expostos e a gente conseguir encaixar nossos contragolpes. Essa foi mais ou menos a nossa ideia”, disse o treinador, ao se referir ao modelo de jogo implementado pelo técnico Mano Menezes no time celeste.

Das 13 finalizações do Cruzeiro ao longo do jogo, quatro foram em direção ao gol. A que levou mais perigo saiu dos pés do volante Henrique, que arriscou de fora da área aos 41’ do  primeiro tempo. Cleiton fez boa defesa e manteve o 0 a 0 no placar. Pouco depois, Vinicius abriu o placar.

No segundo tempo, o Cruzeiro manteve números superiores de posse de bola e troca de passes. Apesar de ocupar o campo adversário, o time celeste não levou tanto perigo ao gol defendido por Cleiton. E isso agradou o técnico Rodrigo Santana. Afinal, já são quatro jogos seguidos sem a defesa do Atlético sofrer gol - marca atingida pela última vez em março de 2015.

“A leitura que a gente tem do banco ali é que às vezes a gente até encontra um adversário com bastante volume de jogo, tendo mais a bola, mas a gente correndo pouco risco. Estou feliz, porque o sistema está funcionando. Não adianta só o sistema defensivo estar defendendo. A gente precisa que desde o Ricardo (Oliveira, centroavante) se inicie a marcação lá em cima”, disse.

Poderia ser mais?


No entendimento de Rodrigo Santana, o Atlético criou chances até mesmo de construir um placar mais elástico no Independência. “Tivemos inúmeras chances de gol. O Fábio fez uma brilhante defesa num chute do Cazares. Acredito que aquele lance do pênalti foi pênalti. Teve a bola na trave. Acredito que a gente poderia até ter saído com resultado um pouco mais largo”, disse.

Com a vitória, o Atlético se manteve na quarta colocação do Campeonato Brasileiro, agora com 24 pontos - oito a menos que o líder Santos. Os jogadores têm folga nesta segunda-feira e voltam aos treinamentos nesta terça. A próxima partida será no sábado, às 21h, no Independência, contra o Fluminense, pela 14ª rodada da Série A.

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