Na saída dos vestiários Adilson recebeu uma placa das mãos do presidente Sérgio Sette Câmara pela marca de 100 jogos com a camisa alvinegra. O volante havia entrado em campo 99 vezes até ter o problema de saúde diagnosticado. Neste domingo, ele deu o pontapé inicial no duelo entre Atlético e Fortaleza para simbolizar o número. Todos os jogadores atleticanos estavam com camisas com o nome 'Adilson' nas costas.
“Foi um momento muito difícil, está sendo ainda. Por tudo o que acontece, eu não poderia pedir mais nada do que o que tem acontecido. Desde a avaliação, o departamento médico fez um excelente trabalho. A torcida de vários clubes e os clubes prestando homenagens, me passando apoio. Todos os atletas, a torcida vindo aqui hoje, comprando a ideia de fazer esse jogo simbólico. Está tudo muito bacana, não esperava tudo isso. É muito legal, o respeito de todos. É o que fica da minha carreira. O carinho e o respeito de todos”, disse o meio-campista.
Depois, Adilson foi ovacionado pela torcida e recebeu o abraço dos companheiros de elenco que estavam em campo. Em seguida, os demais jogadores que estavam no banco de reservas e integrantes da comissão técnica, massagistas e médicos entraram no gramado para saudar o volante, que saiu aplaudido e agradeceu em gestos, com lágrimas nos olhos.
“O Atlético foi importante desde o momento que cheguei aqui. Vim numa condição especial, em que tinha um problema particular e precisei voltar para o Brasil. Fui muito bem acolhido pelo Atlético. Esses dois anos e meio como atleta tem sido excelente, com muita evolução. Pude retornar para a Série A em grande nível, conquistar um título, disputar outros. Tem sido excelente até aqui como atleta, não tenho nenhuma ressalva. O Atlético foi excepcional do início ao fim”, comentou.
Após o anúncio da aposentadoria como jogador, Adilson foi incorporado na comissão técnica de Rodrigo Santana. O volante detalhou como tem sido os primeiros dias de trabalho e como está se sentindo na nova função no clube.
“Está sendo muito legal. O Rodrigo tem me dado liberdade e orientado e tenho feito trabalho de ligação dos jogadores com a comissão, tento ajudar dos dois lados, ser essa corrente bacana com a visão do atleta. É um período bacana de aprendizado, uma oportunidade excelente para que eu siga no futebol. Vou me esforçar, estudar, me especializar e fazer a minha parte. Em algum momento, vou passar a ser cobrado por isso. Vou aproveitar e iniciar um novo ciclo que tem tudo para ser muito grande e vai depender muito de mim”, contou.