Após um ano de empréstimo ao Al Wehda, da Arábia Saudita, Rómulo Otero pode reestrear no Atlético justamente num clássico. O meia venezuelano, que acumula histórias de protagonismo - para o bem e para o mal - nesse tipo de confronto, vive a expectativa de enfrentar o Cruzeiro nesta quinta-feira, pela partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil.
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“Deus me deu a oportunidade de voltar num clássico. Acredito que as coisas acontecem por algum motivo. Estou muito feliz, estou muito ansioso também pela minha volta e por jogar nesse clássico”, disse, em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, na Cidade do Galo.
Enquanto não chegava a hora de se reapresentar ao Atlético para a intertemporada, Otero ficou um mês de férias na Venezuela após o fim do contrato com o Al Wehda. Por isso, avisou que não está 100% fisicamente. A tendência, portanto, é que ele fique no banco na partida contra o Cruzeiro, embora tenha sido testado entre os titulares em determinados momentos do treino dessa segunda-feira. “Acredito que posso ter alguns minutos para jogar. E vou aproveitar 100%”, garante.
Apesar de saber que provavelmente será reserva, Otero sente a ansiedade pelo clássico. Segundo o venezuelano, a tendência é que as partidas pela competição nacional sejam ainda mais tensas em campo que os jogos de Campeonato Mineiro.
“No Campeonato Mineiro, sem menosprezar, já é forte. Agora, na Copa do Brasil, mata-mata, acredito que vai ser mais forte ainda. É um jogo à parte. É um jogo que Belo Horizonte todo para e assiste”, disse.
Memórias do clássico
E Otero sabe bem o que é jogar um Atlético x Cruzeiro. Entre 2016 e 2018 - período em que defendeu a equipe alvinegra -, disputou dez clássicos. Foram quatro vitórias, dois empates e duas derrotas. Marcou um gol.
Em 2018, foi do céu ao inferno em uma semana. No dia 1º de abril, deu três assistências na vitória do Atlético por 3 a 1 na partida de ida da final do Campeonato Mineiro, no Independência. Na volta, sete dias depois, foi expulso aos 22’ após se envolver em uma confusão com o lateral-direito Edilson. De fora do campo, viu o time perder por 2 a 0 no Mineirão e ficar com o vice-campeonato.
Otero prefere pensar nas boas lembranças. “Só as boas, não é (risos)? Quando fiz gol e quando fiz as três assistências… São as únicas lembranças que tenho para mim”, disse. O meia brincou sobre a expulsão na finalíssima: “Quando os caras me lembram da expulsão, eu nem falo com o cara (risos). São coisas que se aprende. Aprendi com isso, agora sou um cara mais tranquilo. Isso nunca tinha acontecido comigo e não vai acontecer mais. As lembranças que tenho são quando o Atlético vence, quando os companheiros fazem gols ou uma grande partida. É essa mentalidade positiva que levo para o jogo”.
Atlético e Cruzeiro se enfrentam a partir das 20h desta quinta-feira, no Mineirão. O jogo de volta será na próxima quarta-feira, às 19h15, no Independência. A equipe que avançar enfrentará o vencedor do duelo entre Palmeiras e Internacional.