Durante a pausa para a Copa América, o técnico do Atlético, Rodrigo Santana, ganhou três reforços para a sequência da temporada - o uruguaio Lucas Hernández, o paraguaio Ramón Martínez e o meia Rómulo Otero, que voltou de empréstimo. Mas as novidades não devem parar por aí. Rui Costa, diretor de futebol do alvinegro, segue na busca por contratações que aumentem a qualidade do grupo comandado pelo jovem treinador. As avaliações seguem sendo feitas, mas o executivo faz sigilo absoluto.
Rui Costa já deixou claro que confia no elenco atleticano, mas não descarta contratações. O dirigente segue atento ao mercado e espera apresentar novidades para o torcedor. O clube busca peças com características diferentes às que existem no grupo alvinegro.
“Eu sempre digo que o Atlético tem um grande elenco. Não é para fazer média com jogador, porque a conduta que tenho no dia a dia que fideliza e consolida uma relação com o atleta. Falo isso porque é a verdade. Mas o Atlético tem que sempre buscar jogadores de alto nível, conhecidos ou pouco conhecidos, mas que possam agregar algo diferente daquilo que temos em termos de perfil, de características, às vezes até para estimular uma competição. O atleta vive no ambiente competitivo o tempo todo. Estamos atentos ao mercado? Sim. Entendo que precisamos nos preparar para questões de médio e longo prazo, eventuais saídas. Se eu puder trazer jogadores que vão ampliar as opções para o Rodrigo Santana ter um perfil diferente, eu vou fazê-lo”, disse o dirigente, em entrevista ao Superesportes.
O dirigente não dá brechas. Questionado em quais posições ele busca contratações para o Atlético, Rui Costa evitou dar detalhes. “Difícil te dizer isso. Difícil não é, posso responder as posições em dois segundos, mas não devo dizê-lo. Dentro da corporação, nossa transparência é absoluta, mas a nossa concorrência é muito dura. Temos que observar o mercado”, completou.
O mistério tem explicação. O executivo do Atlético afirma que, caso exponha nomes ou posições, os concorrentes podem atrapalhar e inflacionar os negócios.
“Os concorrentes do Atlético são o Flamengo, Grêmio, Palmeiras, Corinthians, São Paulo, enfim, todos os clubes com muito poder aquisitivo. É inevitável. Todo diretor executivo fica de olho no que os outros estão fazendo, porque o mercado é muito restrito. Mesmo que eu queira ser legal com o nosso torcedor, falar que estamos trazendo um jogador em tal posição, alguém pode pegar o telefone e seduzir o atleta, falando que tem mais condições”.
E, caso um clube ofereça melhores condições do que o Atlético para qualquer jogador, Rui Costa deixa claro: o alvinegro tem um limite financeiro para trabalhar e não vai entrar em leilão para contratar jogadores.
“Eu não posso fugir daquilo que o meu clube, a minha diretoria e o meu presidente me estabelecem como diretriz orçamentária. Eu perco o jogador, mas não faço loucuras. Não estamos fazendo loucuras. Pode surgir alguma situação, não vou mentir para o torcedor. Estamos tratando algumas situações, mas não posso dizer o nome e nem a posição”, concluiu.
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