Desde que chegou ao Atlético, Rui Costa deixou claro que queria conhecer profundamente o elenco alvinegro antes de buscar contratações. Para a sequência da temporada 2019, o clube apostou no uruguaio Lucas Hernández, no paraguaio Ramón Martínez e no retorno do venezuelano Rómulo Otero. A confiança no grupo é grande. Por isso, o dirigente afirma que o Galo não precisa de novas contratações para os jogos decisivos que terá pela frente.
Logo após o fim da pausa pela Copa América, o Atlético terá um mês de julho recheado de decisões. Primeiro, as quartas de final da Copa do Brasil contra o Cruzeiro. Logo depois, terá pela frente o Botafogo pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana.
Para Rui Costa, o Atlético está bem servido de jogadores e não precisa se reforçar visando ao duelo contra o arquirrival Cruzeiro (dia 11 de julho, no Mineirão, e dia 17 de julho, no Independência).
“Temos um grupo de trabalho que está absolutamente habilitado para enfrentar o nosso adversário, não preciso de nenhuma contratação para enfrentar o nosso adversário. Os jogadores que se apresentaram aqui estão aptos a enfrentar o adversário de igual para igual. Não há necessidade de contratar ninguém para ter esperança de fazer um jogo de igual para igual”, disse.
Apesar da confiança, Rui Costa vê necessidade de contratações no Atlético para fortalecer o elenco. O dirigente quer o alvinegro com vários jogadores capazes de assumir a titularidade. Ele citou Palmeiras, Grêmio e River Plate como exemplos de sucesso para explicar o ponto de vista.
“Não acredito que um clube vencedor como o Atlético tem apenas 11 titulares. O Palmeiras não tem 11 titulares. O Grêmio, campeão da Libertadores, não tinha 11 titulares. O River Plate não tem 11 titulares. Um clube vencedor tem que ter 22, 23 jogadores em condições de titularidade. O Rodrigo pensa da mesma forma. É isso que estamos buscando, esse equilíbrio de formação de grupo. Alguém discute a qualidade do Fábio Santos? Para mim, é um dos melhores do Brasil. Trouxemos um lateral que era titular do Peñarol há três anos para brigar com ele pela titularidade, tendo dois jogadores de extrema qualidade no setor. Já contratei jogadores renomados, caros, e que não viraram titulares. Mas trouxe jogadores da Série D que se transformaram em grandes jogadores de nível nacional. Um jogador que veio do Fortaleza é o mais badalado da Seleção Brasileira. Então, temos que olhar para a base. Óbvio que existe ansiedade de torcedores por reforços, mas estamos atuando no mercado, atentos. Minha obrigação principal é, sempre que houver uma possibilidade de reforçar o elenco, é buscar. Essa titularidade não é apenas de 11 jogadores, é fruto de uma força do grupo”, completou.
A tendência é de que o Atlético busque contratações apenas em situações pontuais. Em contrapartida, jogadores vão deixar o clube. Os primeiros foram o lateral-direito Renan Guedes, revelado pela base, e o atacante Leandrinho, que estava emprestado pelo Napoli. David Terans, que tem seu nome especulado em um empréstimo para o Peñarol, pode ser o próximo.
Há ainda os casos de Nathan e Carlos César. O meia pertence ao Chelsea e o contrato de empréstimo está perto do fim. O clube tenta a manutenção do jogador. Já o vínculo do lateral-direito se encerra no fim de julho. A diretoria alvinegra ainda não definiu se ele será mantido ou não terá a renovação.