Com praticamente cinco meses de disputa da temporada’2019, os duelos de mata-matas estiveram frequentemente presentes na vida do Atlético. A experiência para encarar jogos com alta carga de tensão, em que um erro costuma ser fatal, pode ser um fator importante para a equipe se dar bem diante do Santos, nesta quinta-feira, às 20h, no Pacaembu, na partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. Depois de empatar por 0 a 0 no Independência, os mineiros terão a obrigação de ser ofensivos para vencer o Peixe em São Paulo e trazer a vaga para Belo Horizonte. Novo empate leva a decisão da vaga para a disputa de pênaltis.
Na semana passada, o Galo passou para a segunda fase da Copa Sul-Americana depois de encarar a disputa das penalidades diante do Unión La Calera, no Independência. Também servem de parâmetro os difíceis jogos eliminatórios contra os uruguaios Danúbio e Defensor, em janeiro e fevereiro, até a equipe chegar de fato à fase de grupos da Copa Libertadores.
Os demais mata-matas foram pelo Mineiro: passou pelo Tupynambás (quartas de final) e Boa (semifinais), mas foi superado pelo Cruzeiro na decisão.
O zagueiro Réver analisa que o duelo com o Santos será diferente dos que o Atlético teve até agora: “Cada jogo tem sua história. Vai mudar muito a característica do que enfrentamos em casa na Sul-Americana, já que pegamos uma equipe que já tinha o resultado a seu favor. Agora, o Santos vai ter de buscar o resultado, como nós. Nossa postura não tem de ser diferente ao que estamos acostumados. Temos de jogar de igual para igual contra a equipe que for”.
Para o zagueiro de 34 anos, o segredo para o êxito dos mineiros em São Paulo será tomar a iniciativa de atacar o time de Jorge Sampaoli, que tem como característica escalar formações bastante ofensivas: “Dentro ou fora de casa, temos que vencer. Temos que buscar esse gol desde o início até o último minuto. A partir do momento em que você se omite e sofre um gol, terá que correr dobrado. Desde o início, temos de buscar o resultado e não nos amedrontar diante das adversidades. Tem tudo para ser um grande jogo. O Santos também vive grande momento e é o torcedor quem ganha a partir do momento em que as equipes vão para cima o tempo todo”.
No jogo de ida, o Galo permitiu que o Santos dominasse a posse de bola nos minutos iniciais, mas depois entendeu as estratégias do adversário e equilibrou o jogo. Mas faltou o gol, que daria a vantagem aos mineiros. O técnico Rodrigo Santana disse depois da primeira partida que “aprendeu um pouco com o estilo de jogo de Sampaoli” e que estudaria a fundo a característica do Peixe em seus jogos diante da torcida.
Um dos objetivos na noite desta quinta será não sofrer gol, algo que a equipe conseguiu nos jogos contra Unión La Calera (pela Sul-Americana) e CSA (pelo Brasileiro). “A gente tenta acertar na conversa. O mérito de não sofrer gol não é do setor defensivo. A atitude dos atacantes facilita para os zagueiros. A estratégia de adiantar as linhas nos ajuda também, porque você sempre está próximo do gol adversário”, ressalta Réver.
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