Após alcançar seu quinto triunfo em dez jogos à frente do time, o técnico tem 56% de aproveitamento (com dois empates e três derrotas) e dedicou o resultado conquistado em casa ao grupo de jogadores.
“Esse jogo foi para marcar. Para eles entenderem que se jogar sempre com essa alma, com esse espírito, com essa vontade com um a menos, perdendo um jogador já logo no primeiro tempo, tendo que fazer substituição. E os que estão entrando também dando a vida em campo, enfrentando um adversário dessa altura com o 11 em campo… Poxa! É o que eu falo, o grupo é bom. Sempre falei, desde quando eu cheguei. O grupo é muito bom. Isso aí está servindo para nos unir, para nos dar mais confiança”, afirmou o treinador.
Fora a dificuldade normal do Campeonato Brasileiro, competição onde quase sempre predomina o equilíbrio, o técnico ainda teve que se desdobrar para lidar com a expulsão de Elias e a lesão de Réver, ambas ao final da primeira etapa. Ainda assim, Santana conseguiu a vitória contra o qualificado time do Flamengo.
“E é assim. É o que a gente fala, no Brasileiro não vai ter jogo fácil e a gente precisa estar sempre com esse espírito. A gente acredita que tem. A gente vem sempre, em todos os jogos assim. Só que hoje deu um gostinho a mais por perder um jogador tão cedo. Para todo treinador é muito difícil. E para mim não está sendo fácil. Principalmente a maioria das substituições por necessidade. E enfrentar um adversário dessa altura, uma qualidade imensa. Quando eles começam a tocar a bola a gente preocupa mesmo, porque é muita qualidade. Mas o grupo, o elenco está de parabéns mesmo. Estou muito feliz, estou muito orgulhoso deles”, disse o treinador.
Melhor que a encomenda
Rodrigo Santana revelou que, ao fim do primeiro tempo, já estava se dando por satisfeito com o empate. A substituição realizada no intervalo, trocando o centroavante Ricardo Oliveira pelo volante Adílson, confirmou o discurso do treinador. Porém, ele foi ‘surpreendido’ pelo gol de Chará, que acabou dando a vitória ao Galo.
“Naquele lance do gol (do Chará, a 1’ do segundo tempo) eu estava conversando com o quarto árbitro e acabei nem vendo. Quando eu vi, o Chará já estava girando e batendo no gol. A gente tinha condições. Eu não poderia retrancar a equipe muito cedo. O que eu poderia fazer era ganhar um pouco mais de força por dentro com dois caras velozes por fora. E eu tinha só uma alteração. A intenção era prorrogar essa alteração o máximo porque a gente sabe que a tendência do Flamengo era pressionar a gente lá em cima e a gente acabou sendo feliz com esse gol do Chará e fechou a casinha lá de qualquer jeito. Respeitando sempre o adversário para sair com a vitória. No intervalo a gente estava falando até em empate e com a vitória acabou saindo melhor ainda”, afirmou o treinador.
Raça do time todo
Mais uma vez, o Atlético jogou diante de um público pequeno no Horto. Rodrigo Santana parabenizou os 13.616 presentes. O técnico disse que, ainda que às vezes a torcida peça raça dos jogadores, esse atributo nunca faltou em campo.
“Parabenizar todos os torcedores que vieram ao estádio e nos apoiaram. Isso é a prova de que quando eles estão do lado, empurrando a equipe faz a grande diferença. E nada melhor para os torcedores que vieram aqui e acompanharam, viram a entrega do time. Muitas vezes a torcida pede raça. Aqui nunca vai faltar raça. Para vestir essa camisa aqui tem que ter raça”, ponderou Rodrigo Santana.
O técnico ainda ressaltou a entrega do time durante toda a partida deste sábado e também nas outras vitórias conquistadas durante a competição.
“Os jogadores se entregam de corpo, alma e espírito dentro de campo para lutar até o último minuto. Poxa, a gente ganhou do Ceará no último minuto, ganhou do Vasco no intervalo do jogo. Hoje foi um jogo muito sacrificante. Então isso nunca vai faltar. A gente agradece ao torcedor que veio, conta muito com eles, sempre apoiando a gente os 90 minutos. Não vai ter jogo fácil. Tem dia que não dá para ganhar o jogo, mas sempre vai lutar até o final para sempre sair daqui com a vitória, principalmente diante do nosso torcedor”, concluiu.
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