“Quase chorei ontem mesmo.Eu estava fazendo uma reflexão, querendo entender meu legado no Atlético. Estou há tantos anos aqui, já saí várias vezes porque quis jogar. Estou aqui dois anos seguidos. O que estou fazendo aqui? Se de fato eu ainda tenho tudo para dar aqui, o que eu posso dar?”, disse, em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, na Cidade do Galo.
Muito criticado por parte da torcida do Atlético, Patric se aproxima dos dez anos de clube. “Tenho certeza que quero convencer aquelas pessoas que ainda têm certa intolerância com meu nome a mudar. Levantando troféus, isso vai virar 100% a favor. Se eu consigo jogar com adversidade, imagina com as pessoas ao meu lado”, prosseguiu.
Anunciado como reforço alvinegro em dezembro de 2010, Patric tem contrato válido até o final de 2020. E, se depender dele, esse período será ainda maior... “Creio muito que vou viver muitos anos neste CT aqui. Meu filho nasceu atleticano, cresceu atleticano. Consegui dar uma casa a minha mãe, vou completar 150 jogos pelo clube… E não são 150 jogos só nas coisas boas. Foram três presidentes, uns oito ou nove treinadores. Tem sido um tempo muito prazeroso. Nunca perdi, simplesmente aprendi”, disse.
Nos próximos jogos, Patric pode voltar a ser titular e a atuar com mais frequência. Lateral-direito titular, Guga foi convocado para defender a Seleção Brasileira Olímpica e pode desfalcar o Atlético em cinco partidas.
Patric poderá também substituir Fábio Santos na esquerda. O lateral titular sentiu dores na coxa e, ao menos segundo previsão do técnico interino Rodrigo Santana, não deve jogar contra o Flamengo. A partida contra os cariocas está marcada para este sábado, às 19h, no Independência, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
“Primeiramente, a gente está em oração pelo Fábio, para que não seja nada e que ele possa voltar o mais rápido possível. Mas também foi uma oportunidade. Sempre é. Temos a convocação do Guga também. A gente já parabenizou, aqui dentro fizemos uma festa por ele, porque é um atleta jovem, com potencial. Estou sempre preparado. Tenho essa versatilidade de jogar na direita, na esquerda. Quando o professor optou por isso (improvisá-lo na esquerda contra o Santos), já mostra a confiança que ele tem no meu trabalho, então as coisas ficam mais fáceis. Fiquei muito feliz pela minha atuação pessoal e coletiva”, completou.