O casal Alice Tavares, de 60, e Mauro Moraes, de 67, foi um dos que saiu de casa, ocupou uma das mesas do bar e ficou atento ao jogo do time de coração. Eles foram até o Bar e Restaurante Pulero 2013, no Bairro Prado, na Região Oeste de Belo Horizonte, que tem como tema principal o amor pelo alvinegro. "Nós sabíamos que não ia ser transmitido, mas queríamos interagir com o pessoal. Não conhecia aqui, foi minha primeira vez e já gostei muito", contou Mauro, que costuma ouvir apenas a notícias pelo rádio. "Jogo prefiro assistir", acrescentou.
Já Carlos Alberto, de 54, acredita que o rádio é um complemento a TV e não achou ruim que não tenha sido passado nas telas: "Acho que a questão de contrato é válido. Mas, nunca vi um caso dessa na minha vida", pontuou.
Criado por Fernando Almeida e seus irmãos, o bar decidiu transmitir o jogo pelo sistema de som. "É a primeira vez que não transmitimos na televisão. A rádio Extra procurou a gente e fez uma proposta e, assim, colocamos no sistema de som do bar", explicou. O movimento não era dos mais fortes – pode ser considerado cerca de 80% em relação aos outros dias com partida marcada – também por ser Dia das Mães. "Tirar alguém de casa para escutar rádio no bar é mais difícil”, acrescentou.
ENTENDA A POLÊMICA A polêmica da não transmissão se deu conta porque o Palmeiras tem acordo com a Turner (Esporte Interativo e TNT) para a TV fechada, mas ainda não acertou contrato de venda dos direitos com a Globo para TV aberta e pay-per-view. Já o Atlético comercializou o pacote completo com a Globo. Para que um jogo fosse transmitido, é preciso que a emissora tenha contrato válido com as duas equipes envolvidas. As negociações entre Palmeiras e Globo estão em andamento e podem ter desfecho positivo até o dia da partida no Mineirão.
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