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Levir diz que teve vontade de chorar na saída do Atlético e acredita que time não brilhou

Treinador foi demitido do clube no dia 11 de abril

postado em 07/05/2019 10:35 / atualizado em 07/05/2019 10:52

<i>(Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)</i>

Levir Culpi disse que teve vontade de chorar quando foi demitido pelo Atlético, no dia 11 de abril. O treinador foi dispensado por causa dos resultados ruins na Copa Libertadores. Apesar da tristeza, Levir afirmou que não pode reclamar do clube, lugar no qual fez amigos e conquistou títulos (três Mineiros, uma Série B, uma Recopa Sul-Americana e uma Copa do Brasil).

"Eu passei dos 60 anos e estou ficando mais emotivo. É uma coisa natural. E eu gosto disso, sou emotivo. Em alguns momentos, bate uma coisa engraçada, e na saída (do Atlético, em 2015) não consegui me controlar. Eu tive vontade de chorar agora também, mas desta vez me segurei, porque sai com um pouco de raiva. Mas não tenho o direito de reclamar do Atlético. Pelo contrário. O time que me recebeu várias vezes. Tenho que agradecer as pessoas que trabalharam comigo, amigos que tenho até hoje. Não é fazer média, mas Minas Gerais para mim é meio que inexplicável. Seria muito baixo da minha parte sair reclamando do Atlético. Não fui bem, peguei um mau momento, mas não quero reclamar de nada", disse Levir, em entrevista ao SporTV.

Para Levir, faltou 'brilho' ao time nesta temporada. "O time não brilhou, não que tenha jogado muito inferior ao adversário. Foi até do mesmo nível. É coisa de jogo, a bola entra ou não entra. E assim você perde uma partida. Não pegou aquele brilho, que normalmente o Atlético costuma ter. Se você tem um resultado positivo no Atlético, há uma modificação, é impressionante a atmosfera, é muito legal para quem jogou, quem trabalhou sabe disso. Mas não atingimos isso nesta temporada, pelo menos comigo. De brilhar, de dar certo".

Levir Culpi chegou ao Atlético para sua quinta passagem pelo clube em outubro de 2018. Foram 31 jogos no comando do time desde então, com 18 vitórias, 5 empates e 8 derrotas, com 52 gols marcados e 28 gols sofridos.

Em 2018, o treinador ajudou o Atlético a garantir a classificação para a fase preliminar da Libertadores. Neste ano, depois de passar com dificuldades pelos uruguaios Danubio e Defensor, o Galo perdeu três jogos na Libertadores e venceu um, sobre o frágil Zamora, no Mineirão. Depois da saída de Levir, o Galo acabou eliminado da competição.

"Nós não tínhamos um time estabilizado. Faço um comparativo com o Cruzeiro. Tem três anos de técnico e estava invicto. Nós tínhamos quatro, cinco meses de trabalho e jogadores que não tinham estreado ainda. O caso do Geuvânio, comigo não jogou. Acho que é isso, não tinha uma estrutura consistente para estabilizar na Libertadores. Faltou time, peso de time", disse. 

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