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Atlético minimiza importância de classificação para a Sul-Americana e concentra esforços no Brasileiro

Galo enfrentará o Zamora na Venezuela com time misto

postado em 06/05/2019 10:32 / atualizado em 06/05/2019 10:57

<i>(Foto: Bruno Cantini / Atlético)</i>
Animado com os 100% de aproveitamento e a liderança isolada no Campeonato Brasileiro, o Atlético vai se despedir nesta terça-feira da Copa Libertadores, enfrentando o Zamora-VEN, em Barinas, pela sexta e última rodada do Grupo E. Como já está eliminado, mandou equipe mista à Venezuela, mostrando não estar tão empenhado em buscar vaga na Copa Sul-Americana, prêmio de consolação aos que ficam em terceiro lugar nas chaves da principal competição continental.

Ainda que o discurso seja de que o Galo vai em busca da vitória, há quem defenda que o clube se concentre na disputa do Nacional. O argumento é que não há grupo suficiente para disputar as duas competições, além da Copa do Brasil, correndo o risco de ficar sem nenhum título no ano, como ocorreu na temporada passada. Para completar, o próprio presidente Sérgio Sette Câmara menosprezou a competição em 2018, classificando-a como “segunda divisão”.

Por outro lado, a chance de voltar a conquistar um título internacional atrai os atleticanos. E há também o lado financeiro, pois houve aumento na premiação, com o clube podendo arrecadar R$ 25,4 milhões se for campeão – só por entrar já receberá cerca de R$ 1,2 milhão – e ainda garantindo presença na Libertadores de 2020.

Além do mais, os atletas sempre trabalham para buscar vitórias. Especialmente quando a fase se mostra favorável. “Graças a Deus a gente está bem no Brasileiro. O grupo sempre trabalha muito, mas o futebol tem disso. Antes, nada vinha dando certo para a gente. Agora, são três jogos e três vitórias (no Nacional). Vamos nos concentrar neste compromisso com o Zamora para garantir vaga na Sul-Americana”, afirma o zagueiro Igor Rabello, um dos poucos titulares a integrar a delegação alvinegra na Venezuela.

Vão trabalhar na Cidade do Galo atletas como o goleiro Victor, o lateral-direito Guga, os atacantes Chará e Ricardo Oliveira. O mesmo ocorre com Elias, suspenso na Libertadores, Geuvânio, que não está inscrito, e Cazares, machucado. O grupo que viajou foi formado pelos goleiros Cleiton e Michael; os laterais Patric, Fábio Santos, Carlos César e Hulk; os zagueiros Réver, Igor Rabello, Léo Silva e Mancini; os volantes Zé Welison, Adílson e Jair; os armadores Nathan, Terans, Vinícius e Daniel Penha; o meia-atacante Luan e os atacantes Maicon Bolt, Alerrandro e Papagaio.

O técnico Rodrigo Santana justifica a ausência de alguns titulares no compromisso internacional pela sequência pesada da equipe. Além das partidas pelo Brasileiro, vem da final do Campeonato Mineiro e também de duelo decisivo pela própria Libertadores, contra o Nacional-URU. “Nossa ideia é competir com os melhores que tivermos no momento. Foi tudo analisado e estudado com comissão técnica, departamento médico, fisiologia. Esses três jogos (do Brasileiro em oito dias) nos desgastaram muito. A gente já veio de uma final (do Estadual), tivemos jogo pela Libertadores, além das viagens longas. Muitos jogadores se doaram muito e não estariam 100% na Venezuela. Então, a gente conta com a força do coletivo, levando o melhor que a gente tem e esperamos sair com a vitória e a classificação para a Sul-Americana”, afirma o treinador.

DIVIDIDO

Enquanto ele comandará a equipe na Venezuela, os atletas que ficaram seguirão trabalhando na Cidade do Galo. Assim, o grupo só voltará a se reunir na quinta-feira, três dias antes do próximo compromisso pelo Brasileiro, contra o Palmeiras, domingo, às 16h, no Mineirão.

OLHO NO DINHEIRO

Competição         Quanto leva o campeão
Copa do Brasil      R$ 67 milhões
Brasileiro             R$ 33 milhões (*)
Sul-Americana     R$ 25,4 milhões

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