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Victor diz que anos de trabalho no Atlético não podem ser questionados por um mês ruim

Goleiro, contudo, afirmou que compreende a irritação dos atleticanos, já que o time está em crise no futebol, com eliminação na Libertadores e perda do Estadual

postado em 30/04/2019 12:00 / atualizado em 30/04/2019 16:35

<i>(Foto:  Bruno Cantini/Atlético)</i>

O goleiro Victor comentou as críticas que vem sofrendo dos torcedores do Atlético. Ele disse que entende as manifestações, mas afirmou que anos de trabalho não podem ser colocados em xeque por causa de um mês ruim no clube. O jogador também defendeu Chiquinho, preparador de goleiros do Galo, que também entrou na mira da torcida.

"As críticas são normais dentro do futebol, acho que o momento não é bom de ninguém. A gente vem passando por algumas semanas de dificuldade dentro de campo, mas em relação à metodologia, em relação ao trabalho, acho um tanto quanto injusto. Estou nesta parceria com o Chiquinho desde 2008", disse.

"São 263 jogos pelo Grêmio, 405 jogos pelo Atlético, três vezes o melhor goleiro do Campeonato Brasileiro, melhor goleiro da Libertadores, duas vezes o melhor goleiro da Copa do Brasil, campeão da Libertadores e da Copa do Brasil, 11 finais disputadas pelo Atlético. Se for falar de metodologia tem que falar desde 2008. Não pode questionar a sequência de um trabalho, tudo que vem sendo realizado em 11 anos, por um mês em que as coisas não deram certo para ninguém. Então, antes de criticar você tem que ter base e critério. Mas cada um tem que ter sua opinião, pode pensar o que acha, mas dentro de uma coerência e com respeito", frisou.

Victor falhou em jogos decisivos neste ano. Contra o Cerro Porteño, em jogo no Paraguai, ele errou no quarto gol. O goleiro tentou dividir com o atacante Larrivey, mas levou a pior. A bola passou e o atleta do Cerro só empurrou para o fundo das redes.

Muitos questionam Victor também no gol do Nacional, na partida em Belo Horizonte, pela Copa Libertadores. O goleiro estava adiantado no lance. Os uruguaios se aproveitaram da bagunça defensiva alvinegra no fim do jogo para marcar. Carballo encobriu Victor e sacramentou a eliminação do Galo da Copa Libertadores.

Erros na defesa


Victor disse que o técnico interino Rodrigo Santana está trabalhando para corrigir os erros defensivos. "Nosso problema era organização. A gente tinha um esquema, mas, às vezes, atuava de forma desordenada. O Rodrigo tem tentado coordenar, compactar mais a equipe, estabelecer funções para cada atleta. E a equipe tem demonstrado uma evolução neste sentido de organização", disse.

"Ele está correto de organizar defensivamente, porque as ações defensivas têm que ser melhor coordenadas que as ações ofensivas. Você precisa manter uma estrutura de linhas de quatro, compactado, de saber o momento de pressionar. Acho que tem mostrado evolução, apesar dos resultados não terem surgidos, mas a gente vem observando desde as finais uma evolução tática muito interessante", frisou.



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