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Ajustes na base da conversa e elogios ao coletivo: a estreia de Rodrigo Santana no Atlético

Técnico fez primeiro jogo no comando do alvinegro neste domingo

postado em 14/04/2019 21:01 / atualizado em 14/04/2019 23:51

<i>(Foto: Juarez Rodrigues/Atlético)</i>

Chamado às pressas para comandar o Atlético nos clássicos decisivos do Campeonato Mineiro, Rodrigo Santana fez sua estreia no clube neste domingo. O Galo acabou derrotado pelo Cruzeiro, por 2 a 1, no Mineirão, na primeira partida da final do Estadual. Polêmicas de arbitragem à parte, o treinador fez ajustes na equipe alvinegra na base da conversa. 

O Galo vinha de partidas ruins com Levir Culpi. A goleada por 4 a 1 do Cerro Porteño, na última quarta-feira, derrubou o treinador. Rodrigo Santana assumiu o comando na sexta-feira e priorizou conversas com o elenco. A primeira mudança foi a entrada de Chará no lugar de Maicon Bolt. O treinador explicou o que pediu aos atletas.

“Fizemos um tripé, mudamos (o esquema) para o 4-1-4-1, com o Adilson à frente da defesa. Dei um pouquinho mais de liberdade para o Elias para ele encaixar com os volantes do Cruzeiro, o Luan por um lado e o Chará pelo outro. Essa foi a intenção. É a primeira alteração que a gente fez, foi tática e acho que a única troca que fizemos aí foi o Chará”, disse Rodrigo Santana.

O técnico interino fez questão de elogiar os jogadores pelo desempenho no primerio clássico. “Eu fiquei muito satisfeito, viemos de um jogo difícil, uma viagem desgastante, tivemos apenas dois dias para trabalhar, na verdade para recuperar, só fazer academia. Todos vieram ao campo, fizeram um trabalho para a gente, compraram a ideia. Eu tenho até que parabenizá-los. A entrega do Ricardo Oliveira, que ajudou a marcar muitos volantes, a do Luan, a do Chará, a do próprio Cazares, que ajudou a marcar muito também enquanto teve em campo. Então acho que eles absorveram muito bem a ideia de jogo em cima da proposta que a gente tinha para o jogo de hoje, de trabalhar só em transição ofensiva, sabendo que era o mando de campo do adversário".

"A gente estava ali defendendo, mas altamente preparado para contra-atacar. A gente precisava de um ou dois contra-ataques bons ali que, se a gente acaba encaixando, acho que o Cruzeiro não ia se expor tanto. Mas acho que para um dia de treino, eles fizeram muito bem. Tivemos duas bolas do jogo no segundo tempo, uma com o Ricardo, que saiu sozinho, e a outra com o Chará, sem contar o pênalti que tivemos com o Igor. No segundo gol do Cruzeiro não houve escanteio, a bola já tinha saído antes na lateral e trouxeram para dentro do campo. Depois era tiro de meta, não era escanteio. Mas, enfim, eu acredito que o grupo está de parabéns eu sei e estou muito satisfeito", completou.

Rodrigo Santana ainda teve dificuldades durante a partida. Cazares, no primeiro tempo, e Luan, no intervalo, sentiram dores musculares e precisaram ser substituídos. Mesmo com as baixas, o treinador conseguiu deixar a equipe competitiva para lutar pelo resultado positivo.

“Na verdade, a gente só teve uma substituição por opção, infelizmente a gente perdeu o Cazares muito cedo, um jogador de muito improviso. Isso pode desequilibrar a qualquer minuto, tanto na bola parada quanto na própria marcação forte do adversário. Chegou no intervalo, o Luan também sentiu, então a gente optou por trazer o Bolt, que também entrou muito bem, muito aplicado, quando teve a posse da bola criou as chances de gol”, explicou.

Para o treinador, o Atlético  se destacou no clássico pela coletividade e não pelo individualismo de alguns atletas. "O grupo é isso. Eu acho que eles estão de parabéns porque foi o coletivo, hoje não foi um atleta que se destacou. É o que a gente quer trazer para dentro do Atlético. O Atlético é isso, um time que não desanima, que tem garra, que é luta, que se o nove tiver que dar carrinho e voltar para marcar, ele volta. E essa é a ideia que a gente quer trazer", concluiu.

Com a derrota no Mineirão, o Galo precisa vencer no Independência por qualquer placar para conquistar o título. O Cruzeiro agora tem a vantagem do empate.

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