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Levir diz que prevaleceu melhor técnica do Atlético e brinca sobre emoção: 'Não é bom para o meu coração'

Treinador admitiu que o time está devendo na temporada

Redação
Levir Culpi comemorou o resultado na partida desta quarta-feira - Foto: Bruno Cantini / Atlético

O técnico Levir Culpi diz que o Atlético voltou ligado para o segundo tempo e fez prevalecer a condição técnica, conseguindo a virada sobre o Zamora (3 a 2), nesta quarta-feira, no Mineirão, pela Copa Libertadores. Sincero, o treinador admitiu que o Galo está devendo na temporada. Ele ainda brincou sobre a condição do seu coração em função das emoções geradas na partida.

“O rendimento do primeiro tempo foi muito fraco. Nós não esperávamos isso. Ainda tomamos dois gols. Aí aconteceu que, no segundo tempo, o time estava mais ligado. Prevaleceu a condição técnica do nosso time. Aí nós viramos a partida.
Não é boa para o meu coração e para o coração do torcedor, mas nós saímos felizes de campo. Foi muito bacana, houve uma empatia. No segundo tempo, a torcida resolveu dar uma força. Isso ajuda. Depois do espetáculo, a vaia cabe. E para mim está valendo. Comemoramos, porque foi um jogo que ficou muito legal”, disse o treinador.

“No intervalo do jogo, o que eu falei com eles foi o seguinte: eu não quero achar os problemas que nós tivemos, porque nós fomos tão mal no primeiro tempo que vai voltar todo mundo, inclusive eu. Vamos voltar e vamos reagir. O segundo tempo foi o que nós esperávamos. O time reagiu e jogou o que sabe. Então, prevaleceu a melhor condição técnica. Eles também tiveram um jogador expulso… Enfim, foi um jogo difícil de explicar, pela nossa atitude no primeiro tempo. Nós precisamos conversar mais ainda.
É bom fazer a correção depois de um resultado positivo. É muito melhor. Temos certeza que os jogadores perceberam também tudo o que aconteceu, inclusive no intervalo. Ninguém falava nada. Nós voltamos para decidir o jogo no segundo tempo”, acrescentou.

Levir fez uma avaliação e disse que o Atlético precisa melhorar o desempenho na temporada. Ele compartilhou a responsabilidade entre a comissão técnica e os jogadores. O treinador prometeu discutir o assunto com os atletas.

“O futebol é muito emocional, nós sabemos disso. A torcida do Atlético, em especial, é uma torcida de muita emoção. É um negócio bacana. Para mim, é a melhor coisa que existe no futebol, a emoção.
Ou então o futebol não teria graça. Mas não precisava ser tão forte. Acho que isso ajuda a impulsionar os jogadores. A torcida também tem que vir junto. Quando a gente se encontra, normalmente, pelo menos das vezes que eu passei aqui, a gente passa a ter uma campanha muito feliz. Mas estamos devendo. Os jogadores têm consciência disso. Com a qualidade que temos no elenco, precisamos jogar melhor. Esse é um problema meu e do grupo também. Só que um resultado como esse, por exemplo, pode nos levar a uma reflexão. Todo mundo vai pensar direitinho, vamos discutir isso, o que está acontecendo. Estamos entrando na Libertadores. Tomara que sim”, disse.

Com o resultado desta noite, o Atlético segue vivo na briga por uma vaga nas oitavas de final da Copa Libertadores. O Atlético chegou aos 3 pontos e ocupa a terceira posição. O líder é o Cerro Porteño-PAR (9 pontos), seguido pelo Nacional-URU (6 pontos).


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