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Vice-presidente do Atlético critica uso do VAR em empate com Boa e esbraveja contra Héber Roberto Lopes, CBF e FMF

Galo teve dois gols anulados e uma expulsão na partida definidos pelo sistema

Redação
Árbitro Rafael Traci em consulta ao VAR no empate entre Atlético e Boa - Foto: Bruno Cantini/Atlético

O vice-presidente do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha, se irritou com a forma como o VAR foi utilizado no empate sem gols entre o Galo e o Boa Esporte, neste sábado, em Varginha, pela partida de ida da semifinal do Campeonato Mineiro. O dirigente esbravejou contra o responsável pelo árbitro de vídeo na partida, Héber Roberto Lopes, e criticou os presidentes das Comissões de Arbitragem da CBF e da FMF – Marcos Marinho e Giulliano Bozzano, respectivamente. 

“Quando foi implantado o VAR, ou pelo menos quando houve a tentativa de implementar o VAR no Campeonato Brasileiro, o Atlético faz a seguinte ponderação: se a gente não tiver critérios de protocolo e transferência do VAR, vamos transformar isso aí num perigo para a arbitragem. O árbitro de vídeo fica escondido. O Atlético foi prejudicado tantas vezes no futebol brasileiro e poderia ser novamente. Pedimos transparência. Na reunião que fizemos no conselho técnico, pedimos de novo, aprovamos o VAR, desde que a maior parte dos custos fosse transferida para a CBF, e foi. A gente queria saber áudios e vídeos da conversa da cabine do VAR com o árbitro central. E isso não foi atendido.
Hoje, vimos aqui que no lance do gol que o VAR acusou impedimento é um lance difícil. O árbitro de vídeo, a indagação que a gente faz é o seguinte: o senhor Héber Roberto Lopes, ele mesmo, deu a informação ao árbitro central que teria havido impedimento. Se ele deu essa informação, ele tem que ser punido. O protocolo, se ele tem dúvida, o que ele tem de fazer? Chamar o árbitro, e ele não fez. Surpreendentemente, por ironia, ele foi chamado pelo árbitro central para verificar o lance. Ou nós criamos no Brasil o VAR com transparência e protocolo ou vamos ampliar isso. Essa é a declaração do Atlético nessa direção. O presidente de arbitragem da CBF, as escolhas ele quem encaminhou. Ele que comanda. Está ruim, está péssimo. A FMF tem que fazer uma revisão, especialmente quem preside a comissão, que é senhor Bozzano, que está demonstrando que não tem condições de comandar arbitragem. Sei que a arbitragem não foi de Minas, mas as escolhas... E ele se diz tão entendido de VAR, que escolheu o Heber Roberto Lopes”, disparou Lásaro, logo após a partida.
  

O Atlético teve dois gols anulados no jogo. Maicon Bolt e Luan balançaram as redes aos 26 e 33 minutos do primeiro tempo. Em ambos os lances, o árbitro Rafael Traci, do Paraná, consultou o VAR e assinalou impedimento. Aos 19 minutos da etapa final, o juiz também recorreu ao sistema eletrônico para definir a expulsão do volante Zé Welison. 

Em postagens no Twitter, a Federação Mineira de Futebol exibiu imagens (veja abaixo) com as marcações do VAR nos lances dos gols anulado do Atlético em Varginha. “O VAR utiliza tecnologia com linhas de marcação de impedimento para evitar dúvidas. Confira um exemplo do jogo de hoje, na estreia do uso da tecnologia no futebol mineiro”, publicou a entidade. 

Com o empate em Varginha, o Atlético mantém a vantagem para o jogo de volta da semifinal do Estadual, no próximo domingo, às 16h, no Mineirão. A equipe alvinegra pode empatar por qualquer placar para avançar à decisão estadual.  





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