O próximo jogo do Galo pela Libertadores é somente em 3 de abril, contra o Zamora-VEN, em Belo Horizonte. Até lá, o treinador usará os jogos do Campeonato Mineiro para testar formações diferentes das usadas até agora. O esquema com três volantes não teve o êxito esperado nos jogos pela competição internacional: o time alvinegro não marcou gol nas três partidas com a nova formação – foram duas derrotas e um empate, contra o Defensor-URU.
Mesmo com a queda de rendimento alvinegra, Levir não pensa em mudar radicalmente a equipe nos próximos jogos, mas fala em vários ajustes para melhorar o rendimento: “A falta de gols me preocupa, porque você perdeu a linha dos números. Não mexemos muitas coisas assim. Temos que repetir as coisas que fizemos acertadamente. Se a cada momento ruim eu começar a mexer no time, nunca vai dar certo”.
Curiosamente, o treinador chegou aos 15 jogos dirigindo o Atlético na Libertadores – é o comandante alvinegro que mais esteve no banco de reservas pela competição –, mas tem um número negativo: tem o pior aproveitamento entre os técnicos na competição nesta década, com 42,2% de aproveitamento (foram 5 vitórias, 4 empates e 6 derrotas). Seu desempenho é inferior aos de Cuca (69%), Diego Aguirre (66,7%), Roger Machado (61,9%), Paulo Autuori (57,1%) e Rogério Micale (50%).
A formação tática será um dos pontos que Levir vai discutir com o restante da comissão técnica com vistas ao clássico com o América, domingo, às 16h, no Mineirão, pela 10ª rodada do Mineiro. Ele deve colocar novamente o time titular em campo. Consciente de que a equipe está devendo melhor futebol, o volante Elias reforça a necessidade de mudança de postura e se coloca à disposição do treinador para novo estilo de jogo: “Os números dizem que a equipe caiu. Como falei da outra vez, não dá para ter tudo. Se você marca mais, vai acabar criando menos chances de gol. É continuar trabalhando. Se o Levir quiser mudar de novo, estaremos à disposição. Precisamos fazer essa autocrítica”.
O jogador de 33 anos foi um dos mais sacrificados pelo treinador na nova formação, já que teve que fazer a recomposição pelo lado esquerdo, algo que nunca fez na carreira. Com a obrigação de seguir os laterais adversários de perto, ele praticamente abdicou de sua principal característica nas três partidas anteriores: a chegada com força para finalizar ao gol adversário.
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