Derrotado pelo Cerro Porteño em casa, na estreia na Copa Libertadores, o Atlético espera pressão em Montevidéu, mas aposta também no equilíbrio para tentar vencer o Nacional-URU, nesta terça-feira, às 21h30, no Parque Central. Em 2019, será a terceira vez que o Galo voltará ao território uruguaio, onde tem retrospecto favorável. Teve de passar por duas eliminatórias difíceis antes de chegar à fase de grupos – havia empatado com o Danubio por 2 a 2 e em seguida vencido o Defensor por 2 a 0, ambos os duelos no acanhado Estádio Luiz Franzini.
O desafio agora é que os jogadores se habituem ao clima do jogo no Parque Central, que também tem a arquibancada próxima do gramado e deve contar com boa presença de torcedores. Nesse sentido, o ambiente novamente deve ser semelhante a um caldeirão. Erguido em 1900, o estádio sediou a estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1930, diante da Iugoslávia (derrota por 2 a 1).
O técnico Levir Culpi vem alertando o grupo justamente sobre a pressão que o Nacional deve exercer em seus domínios. “Espero alguma coisa parecida com os jogos que fizemos no Uruguai. Espero um jogo físico, com cuidados na parte defensiva e muita bola aérea. São as principais características de jogo de Libertadores. Os argentinos, paraguaios e uruguaios são muito competitivos e sabemos disso. Os jogos ficam no detalhe”.
O treinador ainda lamenta o tropeço diante do Cerro Porteño e mesclou sua análise com críticas à postura do adversário, o choque após o revés e a necessidade de manter o espírito de luta atleticano. “Se jogássemos da maneira que o adversário jogou, seríamos criticados. Eles não deram um chute no gol. Acredito que sempre temos de nos preparar para as decepções. O time tem de ter vontade de vencer acima da média, mas nem sempre dá certo”.
Levir não confirmou, mas o volante Zé Welison será o substituto de Adílson, que recebeu o terceiro cartão amarelo. Assim, ele espera que a equipe tenha mais firmeza na marcação e não deixe espaço para o adversário ameaçar o goleiro Victor. O esquema com três volantes deve ser mantido amanhã, com Elias e Jair completando o setor de combate alvinegro.
Em tom de brincadeira, Levir ressaltou a importância de a equipe ser equilibrada e trazer os três pontos do Uruguai: “Vivemos de resultados. A vitória é uma beleza, o empate é mais ou menos e a derrota é uma desgraça”.
LATERAL DIREITA
Apesar de se destacar na vitória dos reservas contra a Patrocinense por 1 a 0, pelo Campeonato Mineiro, a tendência é de que o lateral-direito Guga permaneça na reserva. A intenção do treinador é dar sequência a Patric, que tem sido criticado pelos torcedores nos últimos jogos. Em 2019, Patric atuou em oito jogos, todos como titular, sendo advertido com o cartão amarelo cinco vezes. Ele já está pendurado na Libertadores e, se tomar mais um, ficará fora do compromisso com o Zamora, em 3 de abril, no Mineirão.