O atacante Alerrandro, por exemplo, creditou o gol convertido aos 45 minutos do segundo tempo ao senso coletivo de Guga, que podia ter finalizado, mas preferiu a assistência.
“Eu agradeço muito a Deus por esse início de ano, mas hoje temos de exaltar Guga, que saiu da pequena área e rolou para mim. Esse é o espírito do grupo. Não tem titular, primeiro time, segundo time. Aqui é uma família. A gente entra aqui para dar o melhor para o Atlético e buscar sempre a vitória. O passe dele foi o verdadeiro ‘faz e me abraça’. Ele estava sozinho, mas me viu e preferiu tocar para mim. 95% do gol foi dele”, disse o atacante, autor do gol atleticano na cidade do Alto Paranaíba.
Empolgado com a assistência, Guga revelou depois do jogo que pensou em finalizar quando recebeu lançamento de Nathan na área. Mas, em fração de segundos, decidiu assistir Alerrandro. “Eu até pensei em chutar na hora, mas vi Alerrandro melhor colocado. A gente precisava desse gol, precisava da vitória, e no último lance ali, eu optei em deixar pra ele. Mas o que vale é a vitória do grupo, eu fazendo gol ou não, enfim, o que importa é o Atlético, e graças a Deus a gente pôde sair com a vitória no último lance. É muito importante para a gente se manter na liderança”.
Com a boa atuação diante do Patrocinense, Guga sentiu que deixou uma dúvida na cabeça de Levir para os próximos jogos. Na terça-feira, às 21h30, o Atlético enfrentará o Nacional em Montevidéu, pela segunda rodada do Grupo E da Copa Libertadores, e ele admite sonhar com uma chance.
“Deixa essa dor de cabeça pra ele. Quando eu tiver oportunidade, vou dar meu melhor para, quem sabe, mais pra frente, conquistar a minha posição. Mas isso é com o tempo, é fruto do trabalho, eu estou tranquilo em relação a isso. (...) Deixa pro Levir. Estou fazendo a minha parte dentro de campo, fora de campo ele é que decide, mas é dor de cabeça para ele (risos)”, comentou o lateral-direito.
Com a vitória no Alto Paranaíba, o Atlético se manteve na liderança do Campeonato Mineiro, agora com 22 pontos. Guga valorizou a campanha do clube, que vem optando por uma formação quase sempre reserva nos jogos do Estadual.
Segundo o lateral, o desejo de também atuar na Libertadores empolga os jogadores suplentes do Galo quando entram em campo pelo Mineiro. “O grupo está forte, está unido, e todo mundo está querendo uma oportunidade para jogar Libertadores. Então, a gente tem que mostrar, todo mundo está dando o seu melhor, está dando resultado, está ajudando também o Atlético. Isso é o ideal. É o que a gente mais pensa no dia a dia, e todo mundo ganha com isso”.
Na Copa Libertadores, Levir Culpi tem optado por Patric na lateral direita. Dos sete jogos que Guga fez na temporada, seis foram pelo Estadual. O jovem entrou apenas na partida de volta contra o Danubio-URU, pela terceira fase do torneio continental. Na ocasião, Patric recebeu cartão amarelo no primeiro tempo e foi substituído no intervalo.
.