O técnico Levir Culpi ficou irritado com a atuação da arbitragem na derrota do Atlético para o Cerro Porteño, por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, no Mineirão. O gol marcado pelo atacante Diego Churín, no segundo tempo, foi irregular. O lance decretou o revés do Galo na estreia da fase de grupos da Copa Libertadores.
Após cruzamento de Ruíz, a bola bateu em Diego Churín e passou pelo goleiro Victor para morrer no fundo das redes. O atacante, no entanto, estava em posição irregular. Para o treinador do Atlético, o jogo era para ter acabado sem gols marcados.
“É uma maneira de jogar. Fica melhor distribuído com os três volantes. O time teve o equilíbrio da partida. O gol deles também estava impedido. O jogo seria 0 a 0. O número de oportunidades para a gente foi muito superior que o deles, o time jogou melhor do que o deles, estivemos mais perto da vitória do que eles. Posso tirar os méritos deles porque o gol foi irregular. Na Libertadores os jogos são assim, não tem time fraco. Temos que respeitar todos. As melhores oportunidades foram do Atlético, mas não tivemos competência nas finalizações. Entramos agora na Libertadores, terão coisas mais complicadas pela frente. Tivemos erros também, sempre temos. O resultado foi a pior coisa do jogo”.
Levir também reclamou de um dos gols anulados do Atlético na partida. No começo do jogo, Cazares cobrou falta e a bola entrou no gol sem encostar em ninguém. No entanto, o árbitro argentino Mauro Vigliano apitou tiro livre indireto.
Para o treinador atleticano, o lance era para ser assinalado como tiro livre direto. “Jogaram por uma bola e foi uma bola ilegal. Na verdade faltou para a gente competência para matar a partida. O time dominou o jogo, as melhores oportunidades foram nossas. No lance do gol do Cazares, por que o árbitro marcou jogo perigoso? Foi uma sola. Se fraturasse a perna, daria falta direta. Saiu nosso gol também. Isso aconteceu, é um fato, deve ser colocado em pauta”.
O treinador atleticano quer ver resultados melhores em campo. Para ele, neste momento, uma boa atuação fica em segundo plano. O comandante assumiu a responsabilidade pelo resultado negativo.
“O jogador que veste a camisa do Atlético tem que ter competência para levar pressão. Na pressão, o time escapa às vezes. O torcedor quer gol. O torcedor não quer ver o time jogando bem, quer vencer o jogo. Ninguém reconhece nada. Quem vai falar do gol impedido deles? Era para ser empate, mas perdemos o jogo. Quem vai dar força para a gente com relação à arbitragem? Temos que aprender a administrar. Isso é conosco, minha responsabilidade. Tem muita coisa pela frente, vamos aprender com essa derrota e vamos virar isso aí”.
O Atlético volta a campo pela Libertadores na próxima semana. Na terça-feira, às 21h30, o Galo visita o Nacional, no Uruguai.