Artilheiro do Atlético, o centroavante Ricardo Oliveira marcou nove gols em apenas seis partidas disputadas em 2019. Bastante elogiado pelas atuações no Campeonato Mineiro e na Copa Libertadores, o experiente jogador de 38 anos quer manter os pés no chão para continuar em grande fase.

Ricardo Oliveira disse que prefere não se exaltar quando as coisas vão bem e nem se lamentar nos momentos ruins. Para falar sobre os altos e baixos vividos por atacantes, o jogador se utilizou como exemplo e citou um companheiro de posição: Miguel Borja, o camisa 9 do Palmeiras.

“Ano passado eu falhei muito, perdi gols que não acreditava. Às vezes a gente passa por isso. Não gosto de falar dos outros e nem estou defendendo, mas tem um cara que foi artilheiro da Libertadores e hoje ele está sendo muito criticado no Palmeiras, que é o Borja. Eu gosto do jogo dele. Obviamente, as coisas não estão saindo, não estão fluindo. Está perdendo gols. Mas é um cara que tem o gol no DNA. Atacante é isso”, disse Ricardo.

Borja foi o artilheiro da Libertadores de 2018, com nove gols - mesmo número conseguido por Wilson Morelo com a camisa do Santa Fe-COL. A fase atual, entretanto, é ruim. O colombiano tem sido criticado com frequência pelas chances perdidas e pelas atuações com a camisa alviverde.

“Você não pode perder o equilíbrio quando as coisas estão indo bem e você: ‘Ah, está legal’. E aí você pára de treinar. Não. Continue fazendo a mesma coisa. Está indo mal? Continue fazendo a mesma coisa. O importante é você acreditar que vai conseguir fazer aquilo que você fez a vida toda”, disse Ricardo Oliveira.

Assim como a grande fase de Ricardo Oliveira, outro assunto muito comentado durante a entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, na Cidade do Galo, foi a Copa Libertadores. Artilheiro da competição com quatro gols, o centroavante projetou o duelo contra o Defensor-URU, pela volta da terceira fase. As equipes se enfrentam a partir das 21h30 desta quarta-feira, no Independência.

Enquanto o Atlético vive grande momento - afinal, lidera o Campeonato Mineiro e possui boa vantagem na Libertadores após vencer o jogo de ida por 2 a 0, no Uruguai -, o Defensor vem de seis derrotas consecutivas. Em sete partidas disputadas em 2019, o rival alvinegro só ganhou uma. Apesar disso, Ricardo Oliveira pregou seriedade e foco.

“Quanto ao adversário, de que o adversário não ganha há seis jogos, como vai ser… Nossa concentração e foco são totais. A única coisa que é certa no futebol é que o jogo vai começar 0 a 0. Você não sabe o que vai acontecer. Não vamos nos distrair por nada, não vamos perder nosso foco. Nossos objetivos são vencer este jogo, passar essa eliminatória e entrar na fase de grupos. Estamos muito focados no que precisamos fazer para fazer um grande jogo”, completou.

O Atlético conta com três resultados para avançar na Libertadores: vitória, empate ou derrota por um gol de diferença. Revés por 2 a 0 leva a decisão para os pênaltis. Derrotas por dois gols de desvantagem - desde que o Galo marque - dão a classificação para o Defensor. O time que passa entrará no Grupo E, que conta com Nacional-URU, Cerro Porteño-PAR e Zamora-VEN.