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Com várias trocas de treinadores nos últimos anos, Atlético vota por limitar situação no Brasileirão

Desde o fim de 2015 já passaram nove treinadores pelo clube

postado em 23/02/2019 12:29

<i>(Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)</i>
Talvez um dos grandes problemas para a sequência de planejamento do Atlético são as constantes trocas de técnicos do clube. Desde o fim de 2015 até agora são nove treinadores. O clube, no entanto, na reunião dos clubes na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) votou contra as trocas de técnicos limitando a situação no Campeonato Brasileiro.

A informação foi confirmada pelo vice-presidente do Atlético, Lásaro Cândido, que está no clube há mais de 10 anos e passou pelas diretorias de Alexandre Kalil e Daniel Nepomuceno, portanto, participou de alguma maneira das trocas de treinadores.

Em seu Twitter, o vice atleticano destacou que a situação foi pensada pelo crescimento do futebol brasileiro.

“Em relação à proposta que limitava a demissão de técnicos na competição, votou o Atlético por sua aprovação com algumas ressaltas e ajustes, demissão do próprio técnico, doença ou demissão por justa causa. Considerou o Atlético que trocas de técnicos durante a competição não melhoram o futebol, há que se romper essa “cultura” de mudança de técnico como “solução” para o desempenho dos clubes”, postou Lásaro em seu Twitter que acredita que a situação não contribui para evolução do futebol.

“A proposta do Flamengo, aprovada pelos clubes com voto contrário do Atlético, que dá liberdade total aos clubes para mudanças de técnico sem qualquer regra, não contribui para evolução do futebol praticado no país. As competições do futebol devem ser moduladas por regras com imposição de limite de trocas de atletas e técnicos, inspiradas inclusive no far play financeiro e desportivo”, acrescentou em sua página.

A postagem e posição do Atlético na reunião da CBF vão totalmente contrário à atuação do clube no mercado nos últimos anos. Em 2018, por exemplo, o clube viveu um ano com três treinadores (Oswaldo Oliveira, Thiago Larghi e Levir Culpi).

Vale lembrar alguns casos históricos, como de Levir Culpi, em 2015, demitido após lutar com o Corinthians pelo título do Campeonato Brasileiro. Antes da última partida do torneio nacional ele deixou o comando do clube. Quando Oswaldo Oliveira foi demitido do Galo em 2018, Levir participou de uma manifestação contra o alvinegro de Belo Horizonte considerado uma “máquina de triturar técnicos”. Hoje ele bate cartão na Cidade do Galo.

Outra situação facilmente lembrada também – essa que chama mais atenção – foi à demissão do técnico Marcelo Oliveira no meio da final da Copa do Brasil 2016. O treinador perdeu o primeiro jogo no Mineirão, para o Grêmio – a de se ressaltar com o time jogando mal – e não contou com a oportunidade de tentar reverter deixando a missão nas mãos de Diogo Giacomini.

O Atlético teve ainda outros casos. Entre Roger Machado e Oswaldo Oliveira, o Galo colocou o comando técnico nas mãos de Rogério Micale e com pouco tempo precisou demitir o treinador para não se ver em sua situação mais crítica.

O assunto pode ser debatido novamente para o Campeonato Brasileiro de 2020.

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