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Com titulares ou reservas, Atlético vem conseguindo chegar a seus objetivos

Levir Culpi tem usado dois times distintos na Libertadores e no Mineiro

Roger Dias
Ricardo Oliveira tem sido um dos destaques do time principal do Atlético - Foto: Bruno Cantini / Atlético
O planejamento de mandar a campo os titulares em determinados jogos e os reservas em outros menos importantes vem surtindo o efeito desejado pela comissão técnica do Atlético. Neste início de temporada, as equipes escolhidas por Levir Culpi atingiram os objetivos traçados a curto prazo: enquanto o time principal está com a classificação encaminhada à fase de grupos da Libertadores, a formação alternativa conseguiu chegar à liderança do Campeonato Mineiro na última rodada, mesmo tendo Cruzeiro e América com suas forças máximas.

Ainda que o rendimento seja satisfatório, a intenção é que titulares e reservas tenham mais encaixe e se tornem mais fortes. Por mais que Levir ganhe cada vez mais novas opções, há o problema de a equipe considerada mais forte não estar ainda em nível competitivo ideal. A falta de ritmo foi percebida sobretudo nos confrontos da Libertadores, em que o alvinegro mostrou pouca capacidade de marcação e teve queda de rendimento em momentos-chave das partidas.

Levir entende que a equipe considerada titular crescerá à medida que for testada contra adversários mais qualificados: “Nos três últimos jogos, fizemos sete gols, mas tomamos cinco. Ficou um pouco a desejar, não houve um equilíbrio. Diante do Defensor, foi bem melhor. A defesa foi firme. O conjunto começa a se encaixar, mas as coisas vão ficar mais difíceis que agora.
E nós teremos que jogar melhor do que estamos jogando agora. Vai acontecer com os ajustes, com o que estamos aprendendo com os erros”.

O lateral-direito Patric entende que a equipe tem de, primeiramente, evoluir defensivamente, para depois atingir a regularidade almejada por Levir: “Vamos procurar crescer e evoluir neste quesito defensivo. A equipe está bem, não tomou gol contra o Defensor. Acho importante frisar esta parte, porque é uma das coisas que estamos priorizando. Os gols também, porque nossa equipe é uma equipe de qualidade, sabe fazer gols, então é procurar ter equilíbrio”. O jogador de 29 anos foi um dos destaques da vitória sobre o Defensor por 2 a 0 – apesar de uma falha que quase resultou em gol do Defensor –, que praticamente encaminhou a classificação alvinegra à fase de grupos da Libertadores. O segundo gol, de Cazares, ocorreu depois de belo cruzamento do lateral.

CAMPANHA POSITIVA


Levir Culpi não aponta quando encerrará o rodízio. Ele mandará os reservas mais uma vez a campo contra o Villa Nova, neste domingo, às 17h, no Independência, pela oitava rodada do Campeonato Mineiro. O time alternativo, usado frequentemente no Estadual, não vem decepcionando: foi derrotado apenas uma vez (quando jogou com formação C em vez de B), para o Tombense, em Tombos. Fora isso, foram três vitórias e nenhum gol sofrido.

Segundo o treinador, o jogo deste domingo é uma oportunidade para quem quiser chegar ao time de cima: “O nosso grupo é qualificado. Não tenho o menor medo de pegar um jogador reserva e colocar para atuar contra o Defensor. Eles têm de estar motivados. É uma oportunidade para jogar e a continuidade depende de alguns fatores, como números, dos jogadores.
Se alguém se acomodar, está fora. O nível está bom”.

Entre os reservas, quem mais tem aproveitado as chances é o lateral-direito Guga, de 20 anos, muito ovacionado pelos torcedores nas vezes em que jogou no Independência. Tanto é que boa parte da Massa já pede a Levir que o coloque como titular no lugar de Patric. “Estou pronto para jogar. Por ser o início do ano, o grupo ainda está pegando ritmo de jogo, mas se o Levir optar por mim para jogar estou tranquilo. Mas a posição tem um dono, que é o Patric, um jogador que se dedica muito e tem jogado bem. No dia a dia, a gente dá apoio um para o outro. Quem ganha é o Atlético”.
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