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Levir Culpi, do Atlético, pondera sobre limitação de técnicos vetada por clubes

CBF propôs apenas uma troca de técnicos durante a Série A de 2019

Redação
Segundo Levir Culpi, questão é mais jurídica do que propriamente técnica - Foto: Bruno Cantini/Atlético
Os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro vetaram, na tarde desta sexta-feira, a limitação da troca de um técnico durante a competição, proposta pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A negativa repercutiu na Cidade do Galo, e o treinador do Atlético, Levir Culpi, falou a respeito do tema.

A intenção da CBF era estimular a continuidade dos treinadores à frente dos clubes.

“Tenho uma opinião, mas superficial, queria saber qual seria o impacto. É uma questão trabalhista. Vamos supor, você contratou alguém, mas tem o direito de mandar ele embora a qualquer momento. Isso é complicado, por uma questão ética, pois é um absurdo. Seria uma maneira de normalizar, regularizar os times de futebol, dar mais qualidade técnica sem trocar muito os técnicos”, comentou Levir.

Ainda segundo Levir, a questão é mais técnica do que propriamente jurídica. De qualquer modo, o treinador defendeu veementemente a manutenção dos técnicos de futebol e pediu também uma maior valorização da classe.

“É uma ideia mais técnica do que jurídica. Juridicamente é complicado fazer, quase impossível, mas o que a gente procura é um pouco mais de segurança para o técnico, continuidade, qualidade de trabalho.
Não somente resultado. Mas gostaria que alguém olhasse com olhos melhores para a profissão de técnico de futebol, pois é vulnerável, traz instabilidade que não ajuda ninguém. A coisa não muda. A maioria consegue resultados ruins e uma minoria bons com essa atitude. Uma decisão da CBF pode nos conduzir para melhores momentos”, finalizou Levir, treinador profissional desde 1986.

Veja, em tópicos, os principais pontos abordados pelo Conselho nesta sexta-feira:
  • VAR - O árbitro de vídeo em todos os 380 jogos do Campeonato Brasileiro foi o primeiro ponto da pauta. A CBF assumirá, integralmente, os custos com tecnologia e infraestrutura, cabendo aos clubes apenas o pagamento das despesas com o capital humano, como ocorre, tradicionalmente, com as equipes de arbitragem.
  • TROCA DE TREINADORES - Os clubes, encabeçados principalmente pelo Flamengo, rejeitaram a proposta da CBF de que pudesse ser feita apenas uma mudança de técnico durante a disputa da Série A. 
  • SUPERCOPA DO BRASIL - O campeão da Série A deste ano abrirá 2020 disputando o título da Supercopa do Brasil. A decisão será em jogo único, em local a ser definido, entre o vencedor do Brasileirão e o campeão da Copa do Brasil. 
  • LIMITAÇÃO DE INSCRIÇÕES - A Confederação Brasileira de Futebol desejava limitar a 40 o número de jogadores inscritos pelos clubes na Série A. Porém, as agremiações votaram para que o limite seja de 45 atletas mais o uso da base. Também será possível fazer cinco alterações na relação no decorrer da competição.
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