O presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, garantiu que o clube enviou a lista de inscrição na Copa Libertadores dentro do prazo estipulado nas normas da competição e disse desconhecer a irregularidade apontada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) nesta quarta-feira. 

“Não, não tem nada. Em relação ao Atlético, o Atlético cumpriu o prazo, não tem absolutamente nenhum problema”, declarou Sette Câmara, no intervalo da partida entre Galo e Defensor, em Montevidéu, pelo confronto de ida da terceira fase. “Enviamos a lista no dia 1º de fevereiro. O prazo era dia 2. Enviamos até com 24 horas de antecedência. Se existe um problema, é entre CBF e Conmebol, não é problema do Atlético”, acrescentou.

Para o presidente do Galo, o suposto equívoco poderia ser de responsabilidade da Confederação Brasileira de Futebol, que tem a incumbência de repassar a relação de atletas dos clubes filiados à entidade máxima do futebol sul-americano.

“Nós somos filiados à CBF, não podemos mandar direto para a Conmebol. A gente manda via CBF, a CBF é quem encaminha. Não é problema do Atlético. O Atlético encaminhou no prazo normal e não tem que se preocupar com isso”, concluiu Sette Câmara.

Na nota publicada nesta quarta, a Conmebol citou o Atlético entre os 21 clubes que estariam em situação irregular na Copa Libertadores e na Copa Sul-Americana. Sem mais detalhes, os casos foram repassados ao Tribunal Disciplinar, órgão encarregado de analisar as possíveis falhas. Enquanto isso, as competições transcorrerão normalmente.

A entidade ainda se eximiu de culpa ao afirmar que “a apresentação em tempo das listas de jogadores é de exclusiva responsabilidade dos clubes e das associações”. O entendimento inicial é que eventuais erros foram cometidos pelas federações.

O único clube punido pela Conmebol foi o Barcelona, do Equador, por causa da escalação irregular do volante Sebastián Pérez. A vitória por 2 a 1 sobre o Defensor, no jogo de ida da segunda fase da Libertadores, transformou-se em derrota por 3 a 0. Na partida de volta, a equipe equatoriana não conseguiu inverter o placar, ganhando apenas por 1 a 0.

A Conmebol alegou que o caso de Pérez é distinto porque o jogador ainda estava inscrito na Federação Mexicana de Futebol quando defendeu o Barcelona. O volante atuava pelo Pachuca, do México, antes de se transferir para a agremiação de Guayaquil.