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Diretor deixa Atlético depois de 10 anos e justifica pedido de demissão

Carlos Fabel disse que precisa 'respirar novos ares' na carreira

Tiago Mattar
Carlos Fabel chegou ao Atlético em 2009, convidado pelo então presidente Alexandre Kalil - Foto: Marcos Vieira/EM/D.A. Press
Depois de dez anos cuidando do departamento financeiro do Atlético, Carlos Fabel pediu demissão do clube. Ele solicitou o desligamento ao presidente Sérgio Sette Câmara, na última semana, mas deverá formalizar a decisão em reunião com o mandatário nos próximos dias. De acordo com Fabel, o principal motivo da escolha é a “sensação de dever cumprido” e a necessidade de “respirar novos ares”.

“Eu solicitei o desligamento do Atlético na semana passada, estou lá há 10 anos, a saúde apita. Eu resolvi solicitar o desligamento na semana passada ao presidente. Ainda não estive com ele pessoalmente. Vou fazer uma pequena cirurgia no ombro, estou marcando a reunião para formalizar a decisão. Não tem desentendimento, como disseram. O grande motivo, depois de 10 anos, é a sensação de dever cumprido.
Preciso cuidar da saúde, respirar novos ares”, disse Fabel ao Superesportes

O dirigente ainda não definiu os próximos passos da carreira, mas não descarta seguir no futebol. “Não recebi propostas. Para ser justo com o Atlético, eu queria resolver o desligamento primeiro. Depois disso, aí sim, colocar meu nome à disposição do mercado. Penso em continuar no futebol. Não sabia nada quando entrei, só sabia sobre mercado financeiro, mas tive a humildade de aprender”, pontuou.

Fabel estava no clube desde 2009, quando foi convidado pelo então presidente Alexandre Kalil para assumir o cargo de diretor financeiro e administrativo. Depois, o cargo mudou de nomenclatura para diretor financeiro e de orçamentos. Ele fez uma avaliação de sua passagem pelo Atlético. 

“Foi bom. Cheguei ao Atlético e não tinha dinheiro para nada, conseguimos reestabelecer o crédito, implementar plano de cargo de salários, melhorar a vida dos funcionários, colocar salários em dia. Além disso, participamos da adesão ao Profut, arrumamos as dívidas fiscais do clube. O Atlético mudou muito, o Kalil foi um divisor de águas do Atlético, fui feliz de aceitar o convite dele, mas os ciclos chegam ao fim”, finalizou.
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