“O Maicon na direita e eu na esquerda, hein?”, brincou Marques durante a apresentação do reforço do Atlético, na tarde desta terça-feira, na Cidade do Galo. O exercício de imaginação do ex-atacante e atual diretor de futebol alvinegro mexeu com o novo jogador do clube, que assinou contrato válido até o final de 2021.
“Só de estar sendo recebido pelo Marques, que tem uma história grandiosa no clube, é muito importante. Espero fazer história. Ou só um pouquinho do que ele fez com a camisa do Galo. Acompanhei um pouquinho a história do Marques, mesmo sendo novo. Para poder entrar para história, eu preciso ganhar títulos, fazer gols… Espero que a coincidência do nome isso possa ajudar, já que meu nome é Maicon Marques (risos). Espero que isso possa soar como positivo para mim”, disse.
Maicon Marques Bitencourt, na verdade, é mais conhecido como Maicon “Bolt”. O apelido surgiu ainda na época de Fluminense, clube que defendeu até 2010, e é alusão ao multimedalhista olímpico e mundial do atletismo, o jamaicano Usain Bolt.
Aos 27 anos e depois de oito temporadas no futebol europeu, Maicon não é mais o mesmo. A velocidade dos tempos de Fluminense, quando acabara de atingir a maioridade como peça fundamental da arrancada histórica que tirou o time carioca da zona de rebaixamento em 2009, diminuiu um pouco por conta da idade.
Apesar disso, ele garante: isso não significa que ele seja um jogador pior ou lento. Muito pelo contrário. “Eu tinha 18 anos quando comecei. Agora, tenho quase 28. Pode ter caído um pouquinho para mim, mas pode ser alto ainda para algumas pessoas. Com o tempo, vocês vão ver se estou rápido ainda ou não estou”, disse.
“Mudar, a gente sempre muda. Com certeza para melhor. Aprendi muitas coisas taticamente, coisa que com 18 anos eu não sabia. Volto mais experiente, sabendo mais a parte tática e fazendo coisas que eu não fazia”, emendou.
Dupla de ataque
Maicon surgiu no Fluminense como grande “garçom” de Fred, que atualmente defende o Cruzeiro. Deixou o clube das Laranjeiras em 2010, numa transferência de R$ 10,3 milhões ao Lokomotiv Moscou-RUS. Ficou até 2017 na Rússia. De lá, partiu para a Turquia. Por lá, com a camisa do Antalyaspor, teve a honra de ser parceiro de ataque de um dos maiores atacantes da história recente do futebol mundial: Samuel Eto’o.
“É uma pessoa simples. Às vezes, a gente tem até um pouco de medo. Alguns amigos falaram: ‘Você vai jogar com o Eto’o…’. Mas quando você chega e o cara te trata bem, faz você se sentir em casa, você vê que não é aquilo que as pessoas falam, sabe? Eu fico muito feliz de ter jogado ao lado dele, um cara que é mundialmente conhecido e me deu toda tranquilidade para isso. Vou levar com todo carinho, porque é um cara muito fera de se lidar”, contou.
Agora, é hora de Maicon Bolt se adaptar a um novo companheiro de ataque. “É para isto que estou sendo contratado: para poder ajudar o Ricardo Oliveira. Estou aqui para poder ajudar o time da melhor forma possível. É isto que eu espero: ajudar a equipe do Galo, fazer grandes atuações e conquistar títulos”, completou.