“A dancinha surgiu porque hoje os times fazem aqueles gifs de comemorações nas redes sociais, aí no Bahia foi assim. Todos os jogadores fizeram os seus, e eu fiz a dancinha. O primeiro gol do ano passado do Bahia foi meu, e eu comemorei como tinha feito na gif. Depois da confusão eu fiz gols e fiz a mesma comemoração, pois não tinha feito especificamente naquele jogo, já vinha fazendo e continuei, mas sabendo onde comemorar. No Brasileiro teve ‘Ba-Vi’, eu fiz gol e fui para a torcida do Bahia. É saber onde comemorar. Hoje, muitos torcedores do Galo, nas redes sociais, me pedem para fazer a dancinha. Na hora do gol a gente explode. Mas é aquela coisa: o que a massa pede a gente tem que fazer”, disse o meia, que ainda não tem número de camisa definido.
A comemoração com dancinha de Vinicius causou uma briga generalizada em 2018, durante um clássico “Ba-Vi”. Em 19 de fevereiro, o Vitória recebia o Bahia, no Barradão, para o primeiro clássico do ano, pela sexta rodada da primeira fase do Estadual. O meia marcou o gol de empate do Tricolor, que perdia por 1 a 0, e comemorou com a dança do “créu” em frente à torcida rubro-negra. Os adversários partiram para cima do jogo, e a confusão começou.
Vinicius acabou agredido e expulso, junto de outros quatro jogadores (dois do Bahia e dois do Vitória). O meia disse que tirou alguns aprendizados daquela confusão.
“De tudo a gente tira aprendizado. Em momento algum eu quis ofender a torcida adversária. Eu já fazia aquela comemoração. No momento lá, clássico, sabemos como é, seja Atlético x Cruzeiro, seja ‘Ba-Vi’, é pegado e mexe com a emoção. No calor lá, todos foram errados. Pego isso como aprendizado. Hoje, se por acaso eu fizer gol vou tomar cuidado em onde comemorar. Mas claro que vou querer fazer gols, seja em clássico ou qualquer outro jogo”, detalhou Vinicius, que assinou com o Galo até dezembro de 2020.
Outro jogador que estava envolvido na confusão, mas pelo lado do Vitória, foi o atacante Denílson. O atleta chegou no Atlético em junho de 2018 e, após não convencer na temporada passada, foi emprestado neste ano para o Al Faisaly, da Arábia Saudita, por cinco meses. Vinicius disse que não conversou com o ex-rubro-negro, mas garantiu que qualquer desavença ficou no passado.
“Única pessoa que tive contato depois foi o Fernando Miguel (goleiro do Vitória), os demais não tive. Mas não levo mágoa nem rancor de ninguém. O mundo gira, Denílson está emprestado, mas se vier para cá vamos conversar e deixar bem claro que aquilo ficou para trás. Que eu tenha aprendido, que ele tenha aprendido, e que possamos juntos fazer história no Atlético”, frisou o novo reforço do Atlético.
Disputa por posição
Vinicius é um meia que atua no setor ofensivo. O jogador disse que prefere atuar mais centralizado, hoje o lugar preenchido por Juan Cazares no time de Levir Culpi. No Bahia, em 2018, o jogador passou por uma situação semelhante, quando Zé Rafael era o titular, e Vinicius atuava por vezes aberto. Entretanto, ele disse que também brigará por uma vaga na armação da equipe.
“Gosto de jogar na posição de 10, onde o Cazares joga. Passei isso no ano passado, no Bahia. São muitos jogos, e todos jogam. Então, aos poucos, procuro meu espaço. Todos querem jogar, claro, e venho com esse pensamento. Mas respeito muito meus companheiros. Com essa briga sadia, quem tem a ganhar é o Atlético”, finalizou o meia.
Além de Vinicius, o Atlético já oficializou a contratação do lateral-direito Guga, dos zagueiros Réver e Igor Rabello, do volante Jair e do atacante Maicon "Bolt". Além deles, o centroavante Papagaio, do Palmeiras, está próximo de ser anunciado.