Atlético começará o Mineiro ainda focado na preparação para a Copa Libertadores

 Atlético começa nesta segunda-feira a segunda e última etapa de preparação para estrear no Campeonato Mineiro, no próximo domingo, diante do Boa, às 17h, no Independência. Numa pré-temporada curta, a intenção da comissão técnica é usar os primeiros jogos de 2019 para condicionar o grupo. “A gente vem otimizando os treinamentos, para que os jogadores se condicionem o mais rápido possível e cheguem aptos ao jogo de domingo”, afirma Luís Otávio Kalil, que inicia a segunda temporada como principal preparador físico do time profissional. Ele conversou com o Superesportes sobre o número reduzido de lesões em 2018 (apenas 17) e a programação para os próximos dias.

Sinto-me privilegiado por estar em um dos maiores times do Brasil, que sempre disputa títulos e tem uma estrutura considerável. Isso facilita nosso dia a dia, pois temos à disposição bons campos, bons equipamentos e profissionais muito competentes. É uma alegria e é motivação. É o meu segundo ano como preparador físico principal. Vamos tentar fazer o melhor possível para os jogadores. O que marca na história são títulos, e neste ano vamos em busca deles.

A gente usará a próxima semana até os jogos contra Boa, Tombense e Cruzeiro como etapa de preparação. É claro que são partidas importantes, mas dentro do prazo que temos, são confrontos em que usaremos para melhorar o condicionamento físico do grupo até a estreia na Copa Libertadores. Será uma semana de pré-temporada, mas pensando em gerar carga e a melhor condição que o atleta necessita.

Como trabalhamos todos os dias em dois períodos, planejamos um deles mais forte, com mais carga, em que se aproveita mais os atletas, e outro em que seguramos um pouco mais, trabalhando a musculação. Como o período é curto, de apenas 16 dias, não dá para gerar muita carga porque daqui a uma semana eles estarão em campo pelo Campeonato Mineiro. O objetivo é gerar a carga certa, dosando os trabalhos para os atletas evoluírem.

Dentro do que esperamos, o nível ainda não é o ideal. São 16 dias para trabalhar e depois ter um jogo por uma competição importante, não é o que desejamos. Mas é o tempo que temos até a estreia. A gente vem otimizando os trabalhos para que os jogadores se condicionem o mais rápido possível e cheguem aptos ao jogo de domingo.

Foram apenas 17 lesões no ano passado, mas não houve qualquer tipo de trabalho específico. O que tem ocorrido no Atlético é a aplicação de métodos em conjunto. Nossa equipe, que inclui departamento médico, fisioterapia, fisiologia e nutrição, está junta há 10 anos. Isso se consolidou e foi o sucesso do ano passado.

Com exceção do Réver, os atletas que chegaram são jovens e sem histórico de lesões graves. Estavam atuando em seus times na última temporada e, quando ficam um mês descansando, não há segredo. Chegaram bem, então não tivemos que fazer um trabalho muscular à parte. Isso demandaria muito tempo, o que não temos no momento.

Tem sido espetacular trabalhar com o Levir, um treinador consagrado, e o Luiz Matter, que sempre seguiu com ele a carreira. Eu já os conhecia e isso facilita, pois eles também me conhecem e sabem do meu jeito de trabalhar, de pensar. Ambos são organizados e gostam das coisas certas. O fruto disso será um time de qualidade e que brigará por títulos.