“É importante para dar continuidade ao trabalho, saber como a equipe joga. É evidente que vêm chegando algumas peças, mas são contratações pontuais. Não é aquele monte de jogadores que às vezes chegam e acabam levando um certo tempo de adaptação”, disse Victor em entrevista coletiva após o treino desta sexta-feira na Cidade do Galo.
Para o camisa 1 do Galo, a chegada de poucas peças – mas de qualidade – auxilia a equipe se entrosar com mais velocidade, seguindo o caminho que começou a ser trilhado no fim da temporada 2018, após a chegada do técnico Levir Culpi.
“Apesar de algumas dificuldades que a equipe enfrentou ano passado, fez um bom trabalho. Principalmente com essa base de equipe que finalizou a temporada. Então é procurar evoluir, ajustar algumas coisas, mas o importante é que a gente tem uma base de time, uma estrutura que vem do ano passado. E isso também acaba fazendo a gente ganhar tempo no que diz respeito a ritmo de jogo, entrosamento, à manutenção tática.
Experiência e aprendizado
Victor chegou ao Atlético em 2012 e está prestes a completar 400 jogos com a camisa alvinegra. A experiência adquirida ao longo de 35 anos e idade e 18 de futebol profissional é utilizada a favor da equipe atleticana.
Como um dos mais experientes do elenco, o goleiro é um dos responsáveis por ajudar os recém-contratados e os jogadores mais jovens da equipe a se adaptarem com maior rapidez.
“A gente que está há mais tempo no clube tenta trazer a rapaziada que vem chegando aí, principalmente aqueles mais jovens. Tenta alinhar junto com a gente, deixar o ambiente leve, tenta brincar descontrair, tirar esse peso da responsabilidade, da ansiedade do que vai ser a temporada. Então, a gente tenta acolher, tenta ajudar, conversar da melhor forma para que se sintam em casa, se sintam à vontade. Porque quando um jogador se sente feliz, se sente à vontade num lugar ele vai render mais”, disse Victor.
A bagagem adquirida por Victor durante a carreira serve como espelho para os goleiros mais jovens da equipe Uilson (24 anos), Cleiton (21 anos), e Michael (23 anos). Porém, Victor diz que também aprende com os companheiros de posição e que está atento para que os mais novos não ‘roubem’ seu lugar no time.
“Primeiro que eu não posso dar brecha, senão eles me atropelam, né?!. Os moleques estão voando, então tem que estar sempre bem treinado para poder me garantir. Mas acho que o fato de eu ser mais experiente, mais velho do que eles, não quer dizer que eu não possa aprender com eles também. Mas sempre que observo alguma coisa, tento conversar, explicar e eles sempre estão muito abertos a isso. No sentido de alguma correçãozinha, algum vício de movimento. Então a gente tenta observar, passar aquilo que a gente já viveu dentro do futebol, principalmente no aspecto técnico. Acho que a maturidade você adquire também jogando, adquire com trabalho diário.