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Chateação na saída e emoção no reencontro com a massa: Réver abre o jogo sobre o retorno ao Atlético

Zagueiro deixou o Galo no início de 2015, quando assinou com o Internacional

postado em 07/01/2019 17:53 / atualizado em 08/01/2019 15:54

Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press
De volta ao Atlético após quatro anos, Réver foi apresentado pelo clube na tarde desta segunda-feira. O defensor deixou o Alvinegro no início de 2015 e teve o seu futuro no futebol questionado por causa de uma lesão no tornozelo esquerdo. Após passagem frustrante pelo Internacional, o zagueiro se reencontrou no Flamengo e viveu um dos momentos mais emocionantes da carreira ao reencontrar o Galo, no Mineirão, em 2016, pelo Campeonato Brasileiro. Ao ouvir os atleticanos gritarem seu nome das arquibancadas, o jogador ficou emocionado. Ele relembrou esse momento vivido durante sua entrevista no centro de treinamentos do Alvinegro.

“No momento que eu saí, foi um momento complicado da minha carreira. Passavam-se muitas coisas na minha cabeça. FIquei muito chateado com minha saída, da maneira como as coisas aconteceram. Muitos torcedores perguntavam porque eu tinha saído daquele jeito, até funcionários aqui eu acabei saindo e não os encontrei. Fiquei muito chateado comigo mesmo, não com ninguém, deveria ter agido talvez diferente. Foi uma lesão que me castigou muito. Vinha de 50 jogos e, em 2014, fiz apenas 11. Aí já vem o diabinho na sua cabeça colocar um monte de coisa, e ele acabou conseguindo. Aquele momento foi complicado. Tive uma saída que, no ano de 2015, falavam que eu era um jogador que vivia lesionado. Isso era conversa de pessoas mal-informadas. Em 2015 eu estava pronto para jogar, mas por opção de treinadores e outras coisas acabei não jogando. Aí fui para o Flamengo e tive uma sequência muito boa. Aquele pensamento de que o Réver tinha morrido e não era mais o mesmo teve que ficar meio calado e acabaram aplaudindo. Vim jogar aqui contra o Atlético quando a torcida acabou me surpreendendo pelo fato de que, quando você vai jogar contra o ex-clube, é sempre ovacionado mas pelo lado negativo. No aquecimento, a torcida acabou gritando meu nome. Isso me marcou muito, até mesmo para meus companheiros. Fiquei sem reação e não sabia o que fazer para retribuir aquele carinho. No vestiário antes, de ir para a partida, diretores e até mesmo o treinador brincando sobre o que tinha ocorrido, nunca tinham visto aquilo. Na minha cabeça, passou um sentimento de amor que é algo inexplicável, e eu lembro desse momento. Conquistei títulos em outros lugares e não foi dessa maneira. Marcou muito o que a torcida do Atlético fez por mim nesse dia, nesse jogo, foi fora do comum, mostrou o amor que eles têm por mim, o respeito e como fui querido aqui. Sendo que eu saí com o pensamento totalmente diferente. Espero, nesse retorno, retribuir todo esse carinho que tiveram no tempo que fiquei longe e afastado, com boas atuações, gols e títulos”, disse o jogador, ressaltando a chateação que sentiu ao deixar o clube em 2015.

Réver foi apresentado pelo diretor de futebol Marques. No entanto, nas palavras do dirigente alvinegro, não existe apresentação por se tratar de um conhecido da torcida atleticana.

“Esse aqui do meu lado dispensa qualquer tipo de comentário, apresentação. Levantou o nosso maior troféu na história desse clube. Ele vem para um contrato de três anos e temos a certeza do mundo que será muito bem-sucedido”, ressaltou.

Réver falou sobre a felicidade de voltar a vestir a camisa do Atlético. O zagueiro, que defendeu o Galo em 177 partidas, volta ao clube onde conquistou o principal título da carreira.

“Sem sombra de dúvida, é uma felicidade única. Estou tendo a oportunidade de retornar a um clube que me acolheu super bem. Onde tive uma história muito legal, jogos importantíssimos, que marcaram a minha vida, a minha carreira. Sou muito grato ao Atlético, a Deus, por esse novo momento com a camisa do Atlético”.

O zagueiro ressaltou que o convite feito pelo Atlético para voltar a vestir a camisa do clube era irrecusável. Ele afirma ainda que, apesar de ter construído uma bela história no Galo em sua primeira passagem, entre 2010 e 2015, ele não chega acomodado em 2018.

“Na verdade, quando surgiu a oportunidade, eu também não pensei muito, principalmente pelos momentos que vivi aqui, pela história que tive com a camisa do Atlético. Agradeço ao meu antigo clube. O futebol é feito de ciclos e meu ciclo chegou ao fim. Eu cheguei motivado e não acomodado pelo que construí. Não vim aqui para ficar acomodado, mas para buscar o meu espaço e o desejo de ser campeão novamente. O momento da negociação foi muito bem conduzido por ambas as partes. O presidente teve uma abordagem muito maneira, muito legal. Quando meu empresário falou que tinha essa oportunidade, eu disse: ‘não posso não aceitar’. Eu sou feliz aqui, fui muito feliz aqui”, concluiu.

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