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Com casa cheia, Atlético busca vaga na Libertadores em 'jogo do ano' contra o Botafogo

Equipes se enfrentam a partir das 19h deste sábado, no Independência

João Vitor Marques Túlio Kaizer
Clima na Cidade do Galo durante a semana do jogo entre Atlético e Botafogo foi de decisão - Foto: Bruno Cantini/Atlético

Independência lotado, clima de decisão e adversário histórico. A partir das 19h (de Brasília) deste sábado, o Atlético tenta reviver contra o Botafogo os tempos áureos como mandante no Horto. Tudo pela Copa Libertadores. Se vencer o duelo da 38ª - e última - rodada do Campeonato Brasileiro, o time mineiro estará na principal competição continental.

Garantir lugar na Libertadores de 2019 seria um alento ao fim de uma temporada cheia de turbulências. Após quedas no Campeonato Mineiro, na Copa Sul-Americana e na Copa do Brasil, o Atlético reuniu forças para lutar pelo objetivo de terminar o Brasileirão entre os seis primeiros colocados.

Após passar por altos e baixos ao longo dos últimos meses, o time mineiro chegou à rodada derradeira da competição sem depender de resultados de outras equipes. O Atlético está em sexto lugar, com 56 pontos - dois a mais que o Atlético-PR, sétimo colocado e único concorrente ainda na disputa. A equipe que terminar na frente se classificará ao segundo duelo de playoffs anteriores à fase de grupos da Libertadores.

Para garantir a sexta posição sem depender de um tropeço do Atlético-PR contra o Flamengo (19h deste sábado, no Maracanã), o Atlético precisa vencer. Mesmo se cair para a sétima colocação, o Atlético ainda nutrirá esperança de ir à competição continental.
Para isso, entretanto, é preciso que o xará conquiste a Copa Sul-Americana, o que abriria mais uma vaga na Libertadores via Campeonato Brasileiro. Os paranaenses enfrentam o Junior, de Barranquilla-COL, na final.

Clima de final

“A gente sabe que é o jogo do ano, que pode nos dar a conquista de um objetivo traçado no início do campeonato, que era colocar o Atlético na Libertadores”. É com o clima de decisão destacado por Elias que o elenco alvinegro encara o duelo contra o Botafogo.

E o cenário parecerá mesmo o de uma final. Os mais de 21 mil ingressos colocados à disposição para atleticanos se esgotaram nessa quinta-feira, dois dias antes da partida. Tudo isso em meio a uma polêmica de antecipação da partida, que inicialmente seria disputada às 17h deste domingo.

“O estádio vai estar cheio. Vai ser muito bom esse jogo. O Botafogo é um time com uma tradição parecida com o Atlético. Tem todos os ingredientes para aquele jogo que os atleticanos gostam. Vai ter emoção. Vamos jogar tudo dentro de campo”, prometeu o empolgado treinador Levir Culpi.

Além da concentração natural pelo fato de o jogo ser decisivo para as pretensões atleticanas, os jogadores receberam, às vésperas da partida, mais um combustível para buscar os três pontos. Nessa quinta-feira, a diretoria alvinegra colocou em dia os salários atrasados.

E em campo?

Levir Culpi não deu brecha. O comandante fechou os dois últimos treinamentos antes do jogo e não indicou qual seria a formação titular do Atlético. A tendência, entretanto, é de manutenção da base da equipe.

A principal dúvida é no meio-campo.
Recuperado de cirurgia, José Welison ficará novamente à disposição e deve ir para o banco de reservas. Adilson, por sua vez, trabalhou normalmente com os companheiros após desfalcar o time no revés por 3 a 2 para o Santos em função de dores na panturrilha esquerda.

Não é certo, entretanto, que um dos dois volantes de contenção iniciará o jogo contra o Botafogo. “Queremos a vitória. Então, a gente tem que arriscar”, disse Levir Culpi. As palavras do treinador, portanto, deram a entender que uma formação mais ofensiva é uma possibilidade. Nesse cenário, jogariam Matheus Galdezani e Elias no meio. O restante do time deve ser mantido.

Vitória histórica a caminho

Se derrotar o Botafogo, o Atlético, além de garantir vaga na Libertadores, chegará à vitória 600 na história do Brasileirão. As contas levam em consideração jogos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, unificados como Campeonato Brasileiro. Veja detalhes no infográfico a seguir:



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O adversário

Rival do Atlético, Botafogo de Zé Ricardo não tem mais grandes pretensões no Campeonato Brasileiro - Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo

Longe da zona de rebaixamento, sem chances de Libertadores e já classificado para a próxima Copa Sul-Americana, o Botafogo apenas cumpre tabela contra o Atlético. O time carioca inicia a rodada na nona posição, com 51 pontos.

A tendência é que o técnico Zé Ricardo monte uma equipe bastante modificada em relação às escalações anteriores e dê chances a jogadores que não têm sido aproveitados com frequência. A principal ausência é a de Erik.
O atacante palmeirense, que defendeu o Atlético por empréstimo em 2018, foi repassado ao Botafogo com uma condição: não poderia enfrentar a equipe mineira.

O meia Marcos Vinícius deverá ser uma das novidades. Além dele, o centroavante Kieza foi testado como titular na última atividade no Rio de Janeiro antes da viagem a Belo Horizonte. Luis Ricardo, Dudu Cearense, Renatinho, Brenner, Erik e Leo Valencia já foram liberados para férias. Carli, Gilson, Aguirre, Jean, João Pedro, Rickson, Marcelo e Lindoso não jogarão por problemas médicos.

ATLÉTICO X BOTAFOGO

Atlético
Victor; Emerson, Leonardo Silva, Iago Maidana e Fábio Santos; Matheus Galdezani (Adilson) e Elias; Luan, Cazares e Chará; Ricardo Oliveira
Técnico: Levir Culpi

Botafogo
Gatito, Marcinho, Marcelo Benevenuto, Igor Rabello e Moisés; Matheus Fernandes, Gustavo Bochecha e Marcos Vinícius; Luiz Fernando, Pimpão e Kieza
Técnico: Zé Ricardo

Motivo: 38ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Independência, em Belo Horizonte
Data e horário: sábado, 1º de dezembro de 2018, às 19h (de Brasília)

Árbitro: Bráulio da Silva Machado (SC)
Auxiliares: Kleber Lúcio Gil (FIFA/SC) e Neuza Inês Back (FIFA/SC)
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