Galo conta com 'empurrão' da massa para se garantir na fase preliminar da Libertadores 2019
Em um ano com várias eliminações decepcionantes, duas trocas de técnico e desempenho longe do planejamento inicial, ao Atlético só resta confirmar o sexto lugar no Campeonato Brasileiro para disputar a fase preliminar na Copa Libertadores em 2019. Por mais que tenha ficado desapontado com o desempenho irregular ao longo da temporada, o papel do torcedor alvinegro será fundamental para que a equipe consiga vencer o Botafogo, domingo, às 17h, no Independência, na despedida da Massa e de 2018. Assim, a missão do técnico Levir Culpi e do grupo é fechar os duelos em casa em alta, na expectativa de que o próximo ano seja promissor em termos de títulos de expressão.
Ao longo da semana, o treinador promete usar o aspecto motivacional como principal arma para pilhar os jogadores rumo à decisiva rodada final. A ideia é tirar como exemplo as atuações no empate com o Palmeiras por 1 a 1 e na vitória sobre o Bahia por 1 a 0, ambas em casa, em que a equipe se mostrou mais solta e teve mais volume do que em partidas anteriores em Belo Horizonte. No fim de semana, o Galo terá arquibancadas cheias: até a tarde de ontem, foram mais de 17 mil ingressos vendidos de forma antecipada. A perspectiva é de um público acima de 21 mil.
Nesta temporada, o Galo amargou a perda do título mineiro para o Cruzeiro, foi eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil pela Chapecoense e abriu mão de jogar a Copa Sul-Americana – com time reserva, caiu na fase inicial para o San Lorenzo. No Brasileiro, os mineiros chegaram a liderar a disputa na sexta rodada e ocuparam a vice-liderança na pausa para a Copa do Mundo.
Apesar dos insucessos, Levir acredita que a torcida vai ser o diferencial diante dos cariocas: “O jogo vai ser muito duro, mas se estivermos juntos, a possibilidade de vitória é muito grande Se o adversário for melhor, nós podemos perder. Mas vamos jogar com a raça que temos do fundo da alma. É o nosso último jogo, e nós vamos com a torcida fazer todo o possível para sair com a vitória”, afirma o comandante.
Com a autoestima renovada depois dos dois gols na derrota para o Santos por 3 a 2, na Vila Belmiro, o atacante Ricardo Oliveira entende que o incentivo do público pode ser essencial para que o futebol coletivo possa prevalecer: “Queremos que o torcedor esteja conosco nas situações boas e más. Entendemos e respeitamos as cobranças que vêm das arquibancadas, que são válidas, mas, neste momento, o apoio é imprescindível. É muito melhor para todos nós”.
Artilheiro do Galo em 2019, com 22 gols, Ricardo Oliveira também é o principal goleador nos jogos no Independência, com 12. O jogador de 38 anos foi um dos mais cobrados pela torcida no momento de instabilidade alvinegra e passou seis jogos sem balançar as redes, seu maior jejum desde que chegou ao Galo.
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Por opção da diretoria, o Atlético terminará a temporada com 100% dos jogos como mandante no Horto. A questão financeira foi o fator preponderante para que o clube não escolhesse o Mineirão em nenhuma de suas partidas como anfitrião. Desde quando o estádio foi inaugurado, em 1965, o time jogou pelo menos uma vez por ano no Gigante da Pampulha – a exceção ocorreu de 2011 a 2012, temporadas que o local ficou fechado para reformas dedicadas à Copa do Mundo do Brasil.