“Não sei te dizer a medida, a porcentagem, mas é óbvio que influencia. Quando você pega um trabalho mais organizado, mais consistente, a chance de dar certo dentro de campo é muito maior. Se você pega um clube instável, com salário atrasado, mudança de treinador e mudança de diretor, a chance de dar errado dentro de campo é grande também”, avaliou.
Em outubro, o Atlético passou por duas mudanças significativas. No comando técnico, Levir Culpi assumiu a vaga de Thiago Laghi. Na diretoria de futebol, o presidente Sérgio Sette Câmara demitiu Alexandre Gallo. Então coordenador das categorias de base, o ex-atacante Marques assumiu o posto interinamente até o final do ano.
Os jogadores ainda não receberam os salários correspondentes ao mês de setembro. Em campo, a situação é complicada. A equipe venceu apenas uma das últimas oito partidas. Na sexta posição, o Atlético tem 46 pontos - mesma quantidade do sétimo colocado Santos - e tem vaga na próxima Copa Libertadores ameaçada. Diante desse cenário, Fábio Santos compartilhou a responsabilidade.
“A responsabilidade é de todos: diretoria, jogadores, comissão técnica. Quando as coisas não acontecem, é óbvio que não é só dentro de campo o principal problema. É óbvio que tem alguns problemas a serem resolvidos. Agora, é o momento de a gente se fechar quanto a isso, jogador, comissão e diretoria. Porque a gente tem um objetivo muito claro e é nisso que a gente vai focar”, continuou.
Ambiente interno
Apesar de todas as turbulências, os jogadores do Atlético repetem que o grupo está focado em conseguir uma vaga na Libertadores. Fábio Santos usa a própria experiência para auxiliar o elenco nesse sentido.
“A gente precisa ganhar para retomar a confiança. Já são cinco jogos sem vitória. Realmente, isso deixa o ambiente muito pesado, muito para baixo. A gente tem tentado levantar o astral o máximo possível para ver se a gente consegue dar uma resposta dentro de campo, porque realmente deixamos a desejar nesses últimos jogos. Ainda está aberto. A gente tem a posição a nosso favor ainda, o sexto lugar. Mesmo após cinco jogos sem vencer, ainda não fomos ultrapassados. Obviamente, tem equipes que encostaram na gente. Ficou mais complicado, mas ligou o sinal de alerta. A gente tem seis jogos para fazer. Tenho certeza que temos capacidade para demonstrar um melhor futebol e conseguir essa vaga (na Libertadores)”, disse.
O próximo desafio do Atlético é contra o Palmeiras, neste domingo, a partir das 17h. O duelo, no Independência, vale pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.