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Artilheiros, dispensados e reforços que ainda nem estrearam: veja todas as 18 contratações de Alexandre Gallo no Atlético

Negociações realizadas pelo ex-diretor dividem opiniões dos atleticanos

Humberto Martins
Demitido do Atlético na tarde desta terça-feira, o Alexandre Gallo contratou 18 jogadores no comando do futebol do clube em 2018.
Apesar de ter contratado uma grande parte dos atletas por empréstimo, o Alvinegro investiu um alto valor em alguns reforços, mesmo com o discurso de austeridade pregado pela diretoria. 

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Em entrevista ao Superesportes, na última sexta-feira, Alexandre Gallo afirmou que as contratações foram necessárias por causa do grande número de atletas que deixaram o clube em 2018. 

“Mas eu gostaria também que as pessoas entendessem tudo o que é feito. Em alguns momentos, a gente transporta para vocês (imprensa) ou para a própria torcida, e às vezes acho que falta um pouquinho de entendimento. Por isso que acho que esse tipo de entrevista é boa, porque te dá condição de falar o que realmente acontece, o que realmente foi feito. Nós fizemos um planejamento para mudar toda a característica do Atlético mesmo. Nós temos até um levantamento dos seis maiores clubes do Brasil aqui. Se você olhar este levantamento, jogador por jogador e idade por idade, você vai entender o que é o campeonato. O porquê de o Palmeiras estar na frente hoje.
Então, nós sabíamos que isso tinha grande chance de acontecer, mas entendemos que a posição que a gente está hoje na competição, por tudo o que aconteceu, pelas 22 saídas que aconteceram… E isso aí pouca gente leva em consideração. Só falam dos jogadores que nós contratamos. Nós tivemos que tirar 22 do grupo para mudar essa característica. E nós não temos um grande elenco. Temos um elenco extremamente enxuto. Se a gente não traz esses 16 jogadores, nós teríamos 14. Não tinha como botar um time em campo.


Nós trouxemos porque entendemos que esses jogadores, no futuro, vão poder entregar coisas melhores. Hoje, o Atlético, junto com o São Paulo, é o time em que mais jogadores contratados são titulares no Campeonato Brasileiro. Vou te dar um exemplo. O Róger Guedes foi uma grata surpresa aqui, artilheiro do Campeonato Brasileiro. Ele demorou 14 jogos para se tornar titular com a gente aqui ou ser um cara visto. A partir do 14º jogo, ele passou a ser um jogador importante. No 28º, ele foi embora.
Ele demorou 14 jogos. Um cara campeão brasileiro, com experiência de Palmeiras, com experiência de Seleção de base, chegar nessa condição para assumir a titularidade. Então, nós não podemos cobrar de um atleta que não tem três, quatro jogos feitos para você fazer uma análise.


Porque este ano está sendo um ano sazonal, um ano em que você joga só de domingo a domingo. Então, os caras só tem a chance de entrar cinco, dez, 15, 20 minutos. E sempre é um jogador que veio ou de fora do Brasil ou jovens que estavam vindo e buscando espaço no Atlético. Demanda um pouquinho mais de tempo. Grandes jogadores já demandaram mais tempo do que isso. Como citei numa entrevista passada, o próprio craque do nosso adversário, o Arrascaeta, demorou mais de um ano para se tornar um jogador importante para o Cruzeiro. O próprio Cazares aqui. Este ano é que ele está sendo titular com a gente.
Faz dois anos que ele entra e sai, à vezes não era convocado no Atlético. Então, o jogador precisa ter essa confiança, esse tempo. E, às vezes, as pessoas não entendem ou não querem entender isso”, destacou Gallo, dias antes da demissão.



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