Levir Culpi iniciou a quinta passagem pelo Atlético com derrota por 1 a 0 para o Fluminense, nesse domingo, no Rio de Janeiro, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com apenas dois treinamentos realizados antes da partida, o experiente técnico admitiu que a falta de conhecimento total do grupo interferiu no resultado. Esse desconhecimento também não permitiu ao técnico identificar uma possível falta de confiança do elenco.
“Ainda não percebo isso (falta de confiança). Mas é possível. Em todos os times em que eu passei tiveram momentos em que a bola não entra. Ninguém nunca consegue explicar. De um momento para outro, vira a página. Importante é fazer as coisas com confiança, sabendo o que vai acontecer no jogo, fazer o que foi combinado. Eu espero colher algumas coisas com este grupo até o final do ano e iniciar janeiro com um grupo bem mais equilibrado”, vislumbrou.
Sempre bem-humorado, Levir ressaltou a necessidade de ter uma vivência com o elenco atleticano para realizar um bom trabalho na próxima temporada.
“Eu sou casado há mais de 30 anos e ainda não conheço direito a minha mulher. È complicado. O ser humano, quando você menos espera, ele faz uma coisa que você não acredita. Tudo pode acontecer. É uma questão de empatia. Vamos nos acertar ou brigar com todo mundo. Vamos ver como vai ser nosso relacionamento com este grupo. Eles precisam me conhecer também. A gente precisa perder junto, vencer. Então, são muitas situações que vamos enfrentar até o fim do ano, apesar de termos apenas mais oito jogos. É o suficiente para ter a minha visão da formação de um time de futebol”, projetou.
Por fim, Levir Culpi comentou a situação de Juan Cazares. No Atlético desde 2016, o meia equatoriano intercala boas apresentações com momentos de inconstância em campo. Ciente das qualidades do camisa 10, o técnico espera, através do convívio, detectar os problemas e fazer dele um jogador mais regular.
“Eu ouvi isso de todo mundo: Cazares tem uma qualidade técnica que poucos têm. Ele é batedor de bola parada, é um ótimo passador e deixa os caras na cara do gol. Ele tem uma presença técnica refinada. Agora, nós precisamos traduzir isso para os números. Nós, inclusive os técnicos, somos números. Quantos jogos o técnico ganhou? Quantos empatou? É isso que vai te manter. Eu preciso saber um pouco mais sobre ele e conhecê-lo. Tecnicamente, você vê que ele sabe jogar. É importante que eu o conheça melhor também, para tirar uma ideia melhor do que ele pode produzir”, concluiu.
O Atlético volta a campo na próxima segunda-feira, contra o Ceará. A partida pela 31ª rodada do Brasileirão será no Castelão, em Fortaleza, às 20h. Sem vencer há três jogos, o Galo segue na sexta colocação da Série A, com 46 pontos. Já o Vovô ocupa a 17ª posição, com 30.