"Eu, na verdade, tenho pouco conhecimento. Assisti a poucas partidas do Atlético. Tenho pouco conhecimento do elenco. Quero conhecê-los nos treinamentos e também nos jogos para ter a minha visão da capacidade deles, inclusive para definir plano tático. Não tem plano tático definido antes de vê-los. Às vezes, as coisas acontecem naturalmente. Quero observá-los primeiro para depois tomar uma decisão tática de escalação".
Da última passagem de Levir pelo Atlético restam poucos jogadores: o goleiro Victor, o lateral-direito Patric, o zagueiro Leonardo Silva, o volante Lucas Cândido e o atacante Luan. Além deles, o treinador trabalhou com Ricardo Oliveira no Santos. O restante teve o primeiro contato com o novo comandante nessa quinta-feira.
Quando Levir saiu, no fim de 2015, o Atlético tinha um estilo de jogo agressivo, de marcação alta. A equipe marcava muitos gols, mas o rendimento defensivo era criticado constantemente. Era o famoso esquema 'Galo Doido', que levou o Alvinegro aos títulos da Copa Libertadores, em 2013, e da Copa do Brasil, em 2014. Atualmente, a equipe preza mais pela posse de bola e corre menos riscos em campo.
Levir Culpi afirmou que ainda não pensou qual esquema tático será implantado no Atlético, mas quer um time em que todos ataquem e defendam. “A ideia (para o time) é fazer um sistema mais simples: o 10-10. Ou seja: dez atacam e dez defendem".
Apesar disso, Levir Culpi já pede uma preparação especial dos hospitais em Belo Horizonte. Afinal de contas, em 2014, o treinador levou o clube a viradas épicas na Copa do Brasil. Ele garante: vai virar a chave atual do Atlético.
“Quero agradecer as palavras do presidente. É um prazer estar aqui mais uma vez, é a quinta. O Gallo aqui também do lado, com a comissão técnica, que conheço quase todos. Me sinto muito bem e forte aqui no Atlético. Em relação ao time, é uma coisa engraçada, porque alguns times reagem de maneira diferente sob alguns comandos. Então, eu quero conhecer alguns jogadores. Ainda temos um período de dez jogos aproximadamente. Nesse período, vou ter oportunidade de definir e conhecer melhor os jogadores. Para conhecer um jogador, é necessário que você tenha um bom ambiente também no clube. Se você não proporciona um bom ambiente aos jogadores, você não tira nada deles. É como nós. Nós temos que estar em um lugar onde nós possamos nos sentir bem. A produtividade vem naturalmente. Conversei rapidamente com eles hoje para falar sobre isso. Quero observar alguns jogadores, porque o Atlético tem um elenco que eu considero bom. Tem bons atletas. O número de atletas também é alto, não é um elenco pequeno. Não é tão difícil. Se você fizer um número de gols, de assistências, temos uma maneira de dizer se foi baixo ou alto o nível de produtividade. Realmente, o Atlético ficou aquém do que pode oferecer. Mas ficou aquém por quê? Esses jogadores podem oferecer mais do que isso. Talvez isso tenha acontecido também. Esse período é importante para eu conhecê-los e para tomar algumas decisões já para a temporada que vem. Aí você conhece uma pré-temporada diferente, com espírito, um ambiente diferente, um objetivo diferente. E tenho certeza que juntos mais uma vez vamos virar isso aqui. Vamos virar, e o Atlético vai voltar a aumentar o número de pessoas que frequentam os hospitais aqui de BH”, concluiu.
.