O atacante Denílson, contratado pelo Atlético junto ao Granada, da Espanha, no meio da temporada, desperta olhares do futebol japonês. É o que diz o diretor de futebol do clube, Alexandre Gallo. O jogador, que assinou contrato por cinco anos com o Alvinegro, ainda não se firmou na equipe e amarga o banco de reservas.
De acordo com o dirigente atleticano, o Cerezo Osaka, que disputa a Primeira Divisão do futebol japonês, enviou um representante à Cidade do Galo para oferecer uma proposta de empréstimo pelo atacante atleticano.
“Para você ter uma ideia, há dez dias atrás, nós recebemos aqui uma visita de um representante do Cerezo Osaka para levá-lo no final do ano por empréstimo”, limitou-se a dizer Gallo, em entrevista à Rádio 98.
A contratação de Denílson foi criticada por torcedores do Atlético, principalmente pelo longo período de contrato do jogador com o clube. Alexandre Gallo explicou a opção do clube em oferecer um vínculo de cinco anos ao atacante e disse que ainda não foi possível fazer uma avaliação do atleta, que ficou pouco tempo em campo - foram apenas cinco partidas, sendo uma como titular.
“Nós queríamos contratar um jogador com um pouco mais de idade do que o Alerrandro, até para não atrapalhar o desenvolvimento que a gente entende que ele tem que ter. E nós queríamos um jogador que fizesse um contraponto técnico com o Ricardo Oliveira. Se você traz dois jogadores da mesma característica, não existe mudança. Nós buscamos um jogador que fosse grande, tem 1,87m, e que também fizesse gols. Quando nós contratamos, ele tinha 11 gols até então: dois no Campeonato Brasileiro e nove no Campeonato Baiano. É um atleta de 32 gols na carreira. A gente levantou, inclusive, que, com 20 anos, na segunda divisão da Espanha, ele fez 10 gols em 32 jogos. Tem gols no São Paulo e no Avaí também. As condições foram boas para a gente adquirir esse atleta porque nós levantamos os jogos que ele fez, principalmente este ano. José Welison, Maidana, Terans também são cinco anos. Edinho até 2022. Todo jogador tem essa faixa etária, tem um histórico desse com 11 gols. Na época que nós contratamos, ele tinha mais gols do que o Ricardo Oliveira. O Ricardo tinha nove e ele tinha 11. Nós temos que fazer uma aposta. Agora, eu acho difícil em 171 minutos você fazer uma análise de um jogador. Eu, particularmente, não consigo”, afirmou, completando.
“Não é dessa maneira. Você não deu uma sequência de jogos para o atleta. Você só pode analisar o atleta, como eu falei do Róger Guedes aqui. Demorou 14 jogos para o Róger se firmar no Atlético, mas jogou. Nós precisamos que o atleta tenha uma sequência de jogos”.
Bom rendimento nos treinos
Se Denílson não tem tempo de mostrar em campo seu potencial, ele tem que convencer a comissão técnica nos treinamentos. E, de acordo com Alexandre Gallo, ele vem trabalhando bem e deixado todos satisfeitos na Cidade do Galo, inclusive Éder Aleixo, membro da comissão técnica e ídolo do clube.
“Muito (satisfeitos). Faça essa pergunta para o Éder Aleixo, para você ter uma ideia. O Éder é um entusiasta dele. Treina muito, se dedica, é profissional. Só não teve a chance ainda de fazer seis, sete, oito jogos, que é o que um jogador precisa para se firmar. Futebol não tem segredo. Até o jogo contra a Chapecoense ele tinha jogado 73 minutos”, concluiu.
Denílson foi anunciado como reforço do Atlético no dia 20 de junho. A diretoria alvinegra se dispôs a pagar cerca de 300 mil euros (R$ 1,3 milhão) ao Granada, da Espanha, para ficar com os direitos econômicos do atacante de 23 anos.