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Questionado pela torcida do Atlético, Fábio Santos reconhece queda de rendimento: "Tenho muito o que melhorar"

Desempenho do lateral-esquerdo em 2018 tem sido abaixo do esperado

postado em 28/09/2018 10:47

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Desde o início da carreira, regularidade tem sido a marca do lateral-esquerdo Fábio Santos, vitorioso e líder em praticamente todos os clubes pelos quais passou. Mas o desempenho do jogador em 2018 tem sido abaixo do esperado no Atlético: além de participar pouco dos gols da equipe, o atleta de 33 anos tem cometido falhas de posicionamento e de marcação acima do normal. A 12 jogos para o fim da temporada, ele busca melhorar os números para ajudar coletivamente sua equipe a cumprir a meta de chegar à Copa Libertadores no ano que vem.



O lateral vem sendo questionado pela torcida pela primeira vez desde que chegou ao Galo. Nesta temporada, ele marcou quatro vezes (uma a menos que em todo o ano passado), mas não distribuiu nenhuma assistência aos companheiros (em 2017, foram três). A queda de rendimento do jogador tem sido um reflexo de todo desempenho coletivo alvinegro abaixo das expectativas em 2018 – a equipe perdeu o título mineiro para o Cruzeiro, foi eliminada nas oitavas de final da Copa do Brasil pela Chapecoense e está longe da disputa pelo título brasileiro.

Fábio Santos está em sua terceira temporada no Galo. O jogador chegou na metade de 2016 para substituir Douglas Santos (negociado com o Hamburgo), ganhando elogios justamente pelas atuações sempre no mesmo nível. Ele entende que há muito a evoluir para ser o jogador estável dos anos anteriores: “O ano passado fugiu um pouco da curva. Foi uma temporada muito boa, do começo ao fim. A regularidade sempre foi o ponto forte da minha carreira. Acredito que tenho conseguido manter essa regularidade. Tem outros jogadores que se destacam. E não fico preso aos números, porque em 2018 posso fazer mais gols que no ano passado e neste ano não tem sido melhor. Em 2017, fiz cinco e agora foram quatro. Ainda tem 12 jogos. Se eu fizer seis, não é isso que vai dizer que fui melhor. Tenho muito o que melhorar, como toda a equipe. E isso é um reflexo do resultado. Conforme a equipe vence, os elogios chegam também. Trabalho para que a equipe tenha um bom resultado dentro de campo para que eu possa melhorar também”.

O jogador ficou fora de três partidas no mês passado em virtude de um entorse no joelho esquerdo. Por causa disso, ele vem fazendo reforço muscular especial para suportar a carga de jogos até o fim do ano. O jogador admite conviver com dor no local, mas não abre mão de estar em campo. “Já diz meu pai: ‘Você não pode ficar muito tempo fora, porque o pessoal esquece de você e você não volta mais’. Mas sempre gostei de estar em campo. Quanto mais estar jogando, menos chance tem de machucar, porque o corpo está mais acostumado e forte. Infelizmente, tive essa lesão no tornozelo que me deixou fora por três jogos. É uma lesão que vai incomodar até o fim do ano. Tenho feito fortalecimento para sempre estar dentro de campo. Posso assumir essa fama de fominha. Gosto de estar sempre em todos os jogos.”

DISPARIDADE NAS ESTATÍSTICAS

2017
65 jogos
5 gols
3 assistências
92 desarmes
11 cartões amarelos
Nenhum cartão vermelho

2018
42 jogos
4 gols
Nenhuma assistência
45 desarmes
9 cartões amarelos
1 cartão vermelho

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