Ao fim de quase dez minutos de entrevista, mais uma pergunta para Thiago Larghi, desta vez com os microfones desligados: “Quem joga: Elias ou Galdezani?”.
A resposta do técnico do Atlético foi misteriosa, onomatopaica e causou risos nos jornalistas: “Opa!”.
O segredo tem sido a máxima de jogadores e comissão técnica nos últimos dias na Cidade do Galo. Afinal, é semana de clássico. No domingo, a partir das 16h, Atlético e Cruzeiro se enfrentam no Mineirão, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Para manter o mistério, Larghi não confirmou a escalação titular do time para o duelo do fim de semana. Além da dúvida no meio-campo sobre as presenças de Elias e Galdezani, o comandante preferiu não confirmar nem as prováveis voltas do lateral-direito Emerson e do atacante Yimmi Chará.
“A gente vai deixar para a hora do jogo (a divulgação do time titular). Além deste fator, existe o fator de concentração, em que a gente pede para que o jogador esteja mais atento, pode fazer um treino um pouquinho mais privado, com o nível de atenção lá em cima, porque o tempo é curto e a gente precisa otimizá-lo", disse Larghi, em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira.
Nesta semana, apenas um treinamento foi aberto à imprensa. Na quarta-feira, jornalistas acompanharam a vitória do time reserva por 2 a 0 sobre a equipe sub-20. Nada que diminuísse o mistério, já que os jogadores considerados titulares fizeram trabalhos regenerativos na academia.
As atividades de quinta e sexta foram fechadas. A imprensa só acompanhou o aquecimento dos jogadores. Neste sábado, como costume, o treinamento também não terá a presença de jornalistas.
De acordo com Larghi, a privacidade não serve apenas para testar uma eventual surpresa na escalação. O treinador diz que treinos fechados possibilitam ensaios de movimentações e bolas paradas.
"A gente sabe que a gente tem uma ideia de jogo. A gente tenta repetir, principalmente pela questão do entrosamento, de dar mais eficiência naquilo, então a gente evita mudar. Dentro do jogo, sempre há movimentos e ações táticas que são pontuais, que a gente varia de jogo para jogo. Para esse jogo de domingo não é diferente. A gente tem jogadores que podem fazer a mesma posição, mas com funções diferentes, um sendo mais agudo, um com mais flutuação. Isso a gente vai trabalhar da melhor maneira possível para tentar vencer o jogo", disse.
De um lado, mistério. Do outro, também. Assim como Thiago Larghi no Atlético, o técnico Mano Menezes não confirmou a escalação do Cruzeiro para o clássico. O comandante celeste, entretanto, já avisou que não terá força máxima neste domingo. A prioridade é o duelo contra o Boca Juniors, nesta quarta-feira, às 21h45, na Bombonera, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa Libertadores.