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Formação com dois homens de contenção vira opção no Galo; Larghi detalha variação

Perfil do rival ou ritmo do jogo guiam esquema a ser utilizado pelo treinador

postado em 08/09/2018 06:30 / atualizado em 08/09/2018 09:14

Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press
O fato de o Atlético ter apenas a disputa do Campeonato Brasileiro até o fim do ano ajuda o técnico Thiago Larghi a ter tempo satisfatório para variar e testar formações táticas. O esquema com dois volantes de contenção é um dos que vêm ganhando mais força na equipe, servindo como alternativa ao 4-1-4-1, o preferido do treinador. Com a volta de Adilson e a boa impressão deixada por Zé Welison, o comandante tem a opção de usar a dupla em fases pontuais das partidas, garantindo mais segurança à retaguarda.

A montagem foi utilizada em períodos do empate com o Corinthians (1 a 1), no Itaquerão, e na vitória contra o São Paulo (1 a 0), no Horto. Em São Paulo, Larghi escalou os dois atletas desde o início, mas teve de trocar Adilson por Galdezani na metade do segundo tempo devido à falta de ritmo de jogo do camisa 21, que ficou longo tempo no departamento médico se recuperando de lesão na panturrilha esquerda. E diante do tricolor, o comandante recorreu a Zé Welison apenas no segundo tempo, quando o adversário intensificou a pressão em busca do empate.

Larghi se mostra satisfeito com o rendimento da equipe nessas variações e entende que os demais titulares se adaptam bem ao sistema de jogo. A opção pode ser experimentada já no duelo de segunda-feira com o Atlético-PR, às 20h, no Independência: “É uma possibilidade que abrimos no jogo contra o Corinthians, principalmente com o retorno do Adilson, vindo da lesão, e junto com o Zé Welison. Eles estiveram bem. Depois, durante o jogo contra o São Paulo, Zé Welison entrou bem na partida. Temos mais uma alternativa. O time compreende bem, independentemente se com dois ou um volante. O importante é termos variáveis positivas”.

A tentativa de usar dois volantes também pode ser interessante para reduzir ainda mais o número de gols sofridos. O Galo foi vazado 28 vezes no Brasileiro, mas levou apenas três nas últimas seis partidas, com média de 0,5 por duelo. Ao lado do América, o time alvinegro tem a pior defesa entre os 10 primeiros colocados na Série A.

Adilson considera que o time fica mais firme na retaguarda, anulando bem as jogadas de ataque dos adversários quando joga com dois marcadores: “Tivemos um desempenho sólido. Apesar do gol que sofremos contra o Corinthians, conseguimos melhor consistência defensiva. A mudança no esquema exige aos companheiros uma adaptação. A equipe fica mais conservadora, mas com mais segurança”.

NOVOS TESTES Thiago Larghi não confirmou o retorno de outro volante, Elias, que fica à disposição depois de cumprir dois jogos de suspensão imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O treinador disse que vai aproveitar os treinos de hoje e amanhã para observar os atletas e analisar com o grupo as características do Atlético-PR (por meio de vídeos) antes de tomar qualquer decisão. Ontem pela manhã, os jogadores fizeram atividade leve na academia.

O lateral-direito Patric será o substituto de Emerson, que levou o terceiro amarelo e está suspenso. Ele jogou 29 vezes neste ano, mas não entra em campo desde 30 de julho, no empate por 2 a 2 com o Bahia, em Salvador.

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