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Mudar ou não mudar? Larghi analisa esquema do Atlético para enfrentar o São Paulo

Galo pega o líder do Brasileiro nesta quarta-feira, às 21h45, no Independência

Lilian Monteiro
Thiago Larghi planeja o time para enfrentar o São Paulo, nesta quarta, no Independência - Foto: BRUNO CANTINI / ATLÉTICO

Estatística, frieza dos números, resultados, pontos somados e perdidos. Dos 42 jogos sob o comando do técnico Thiago Larghi, em 40 o esquema tático usado foi o 4-3-3. Em algumas oportunidades, ele mudou para o 4-1-4-1, ou mesmo o 4-4-2. Com bons resultados e outros questionados. Mas a instabilidade dos últimos três jogos (dois empates e uma derrota) despertou na torcida e na crítica a pressão por uma revisão da tática adotada. Diante de tanta análise – externa e, certamente, interna –, contra o Corinthians o treinador optou pelo 4-2-3-1. A outra única vez que usou dois volantes tinha sido diante do Figueirense, jogo de volta pela Copa do Brasil. E aí, qual é o melhor? É preciso definir? Chegou a hora de mudar?

A ideia da fórmula com dois volantes, que virou uma espécie de marca registrada dos últimos títulos do Atlético (claro, com variações e estilos diferentes de jogadores), acaba tendo um peso diante de uma mudança que mostre alguma fragilidade.
Com Larghi, o esquema com dois volantes foi usado pela primeira vez neste Campeonato Brasileiro, sem que Zé Welison e Adílson tivessem atuado juntos. O rendimento não foi dos melhores. O que não quer dizer que está fadado ao esquecimento.

Para Thiago Larghi, “como é um sistema novo, a equipe estranhou um pouco”. O que ele credita à falta de criatividade do Galo diante dos corintianos: “Tem a ver com a mudança, claro, que demanda tempo. Mas a confiança é total nos jogadores, que fizeram um segundo tempo razoável. Não gostei porque não tivemos volume, não propusemos o jogo, como de costume. Mas temos de valorizar o Corinthians que também soube nos marcar”.

O treinador até que já deu um padrão de jogo para o time, mas não consegue encontrar a formação ideal para ter o melhor rendimento possível. Ele não quis adiantar se contra o líder, São Paulo, manterá os dois volantes para ter uma equipe mais forte defensivamente. Com Adílson pela direita e Zé Welison pela esquerda. Não quis revelar o esquema que irá montar: “Vamos avaliar o São Paulo, as condições de cada jogador e a melhor estratégia a ser colocada”. Muito menos se Luan, que foi titular no sábado, permanecerá. Deixo no ar: “Ele foi bem dentro da mudança, cumpriu a função de ponta e conto muito com ele dentro do grupo.”

Para o goleiro Victor, apesar da novidade do esquema tático, o empate com o Corinthians foi um “jogo igual. Tivemos uma proposta diferente, de matar o jogo no contra-ataque e não podemos desprezar o ponto conquistado porque freamos a reação deles, que também são postulantes a uma vaga na Libertadores.
Conseguimos somar e lá na frente esse ponto fará diferença”, acredita.

Com apenas dois pontos conquistados dos nove disputados nas últimas três partidas, o técnico não afirmou que jogou a toalha quanto a disputa do título Brasileiro, voltando o foco do Atlético somente por uma vaga na próxima Libertadores: “Vamos buscar jogo a jogo, sem fazer projeção. Com as mexidas no grupo, a redução da folha de pagamento, o rejuvenescimento da equipe, montamos como objetivo estarmos sempre entre os seis primeiros colocados. Estamos dentro da nossa meta e pensar no título é pensar, primeiro, no próximo adversário.”.